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Salgadinho, ex-Katinguelê, elogia letras de Legião Urbana: ‘acordei’

Foto: Reprodução Youtube

O icônico Salgadinho, ex-vocalista do grupo de pagode Katinguelê participou do podcast Amplifica, apresentado pelo guitarrista do Angra, Rafael Bittencourt. Lá, ele falou sobre a cena musical brasileira nos anos 1980 e citou a Legião Urbana como o pivor da trasformações sociais nos anos 1980 e 90.

Foto: site (legiaourbana.com.br)

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De acordo com o portal de notícias Wiplash, durante o papo, o músico disse que o conteúdo das letras da banda liderada pelo saudoso Renato Russo era “cheio de inconformismo” e contou como isso mudou sua perspectiva de tudo:

Eu ouvia pop rock dos anos 1980 e, se você ouvir na profundidade, não consegue ser
uma pessoa conformada. Porque aquilo está cheio de inconformismo. É só ver as letras e tal. Se você ouvir uma Legião Urbana, não tem como se conformar com nada.

Ele complementou ainda:

Se você ouvir realmente a mensagem, não se conforma. Esses caras me tiraram da zona de conforto, igual meu professor de filosofia na época. Eu era um jovem que estava dormindo e conformado, aí um dia acordei.

Confira a entrevista com Salgadinho na íntegra no player a seguir!

Em 1985, Renato Russo escrevia uma canção inspirada em Cazuza

Ao longo de sua aclamada discografia, a Legião Urbana já falou sobre diversos temas que vão de amor até política. Na música “Feedback Song For A Dying Friend”, que Renato Russo escreveu ainda em 1985, mas que saiu em 1989 no disco “As Quatro Estações”, a inspiração veio de vários lugares.

O assunto foi comentado no canal do YouTube de Júllio Ettore. Segundo ele, a canção “Feedback Song For A Dying Friend” teve participação direta do dramaturgo e humorista Millôr Fernandes.

“O título pode ser traduzido como ‘Canção resposta para um amigo que está à beira da morte’. Essa letra foi feita pelo Renato Russo e traduzida pelo Millôr Fernandes. O Renato sempre sonhou em ter um texto traduzido pelo Millôr. Quando o Millôr foi contatado, aceitou, porque também gostava da Legião Urbana.

Em outro trecho do vídeo, Júlio Ettore diz que a música teria outro título quando foi escrita e entre as inspirações para a letra está o fotógrafo americano Robert Mapplethorpe – figura central no combate a AIDS nos EUA – e, claro, Cazuza, que também lutou com a doença.

Essa música ia se chamar ‘Rapazes Católicos’ e ia narrar episódios de confronto sobre muçulmanos e árabes. A banda achou que não poderia pegar bem, então o produtor pediu para mudar o tema. Foi aí que Renato Russo sacou da gaveta essa letra, que foi escrita ainda em 1985. Outra inspiração para essa música é o fotógrafo americano Robert Mapplethorpe, conhecido por seu trabalho com casais homossexuais. Ele foi uma vítima da AIDS e morreu em 1989. O mundo debatia muito nessa época sobre isso. Quando foi gravar a música em 1989, Renato Russo viu que ao invés de focar na história do Robert, essa música poderia ser dedicada a Cazuza. Ele contou isso em uma entrevista e disse que o que escreveu poderia ter sido para o Cazuza, principalmente porque ele fala ‘Ao meu único rival, eu devo obedecer’ e ‘Vai comandar nosso duplo renascer’, concluiu.

 

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