Rodrigo Santoro estreia no dia 11 de novembro seu novo filme na Netflix, “7 Prisioneiros”, que trata de tráfico humano e trabalho forçado. Ela admite que, quando leu o roteiro pela primeira vez, sentiu repulsa. “Tive uma relação de atração e repulsa. Não vou ser hipócrita. (…) A repulsa foi pelo próprio tema. Um pouco parecido com ‘Bicho de Sete Cabeças'”, o ator diz em entrevista ao POPline.
“Não vamos descontextualizar e falar ‘é como se fosse O Bicho de Sete Cabeças’. Não. Mas tem uma sensação de uma história urgente, que precisava ser contada, baseada na realidade. Foi instantâneo”, completa.
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“Bicho de Sete Cabeças” (2000) foi o filme que conferiu credibilidade ao ator no cinema nacional. Premiado em vários festivais, o longa-metragem trata do sistema manicomial brasileiro. Na trama, seu personagem enfrenta condições terríveis de tratamento em um manicômio, após ser internado pelo próprio pai. O filme é baseado na história real narrada no livro “Canto dos Malditos”, de Austregésilo Carrano Bueno.
Rodrigo Santoro é Luca em 7 Prisioneiros
Em “7 Prisioneiros”, Rodrigo Santoro é o carrasco. Ele interpreta Luca, dono de um ferro velho de São Paulo, mantido com trabalho escravo. Jovens do interior são levados à cidade com promessas de uma vida melhor e são trancafiados para trabalho forçado e sem remuneração.
“Tive uma relação de atração e repulsa. Não vou ser hipócrita. Eu li e fiquei muito impactado. Tive uma série de sentimentos nocivos com relação ao personagem, ao Luca, por razões óbvias. Ao mesmo tempo, fiquei muito comovido com a história. Quando fui pesquisar mais profundamente e vi que é uma realidade que está aí: são 40 milhões de pessoas no mundo inteiro [nesta situação]. Tive um encontro com o diretor, o Alex, e ele falou: ‘lê isso, olha isso’. Comecei a pesquisar e fiquei horrorizado. Ao mesmo tempo, estimulado a fazer parte disso”, conta Santoro.