O Spotify anunciou o recorde de R$45 bilhões em royalties de streaming para gravadoras, distribuidoras e demais instituições de arrecadação de royalties em todo o mundo, nos últimos doze meses. O relatório Loud & Clear também revela que, desde 2017, o número de artistas com geração de receita a partir dos fonogramas alocados na plataforma triplicou, com rendas de US$ 1.000 a US$ 10 milhões por ano.
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Com a transformação do mercado fonográfico, o relatório apresenta que nos últimos dois anos, R$ 20 bilhões da receita paga pelo Spotify foi direcionada apenas às editoras musicais dos quatro cantos do planeta. Além disso, mais de 33 mil artistas da plataforma que geraram no mínimo R$ 50 mil reais em 2023, não são nativos da língua inglesa. O espanhol e o português aparecem no pódio em primeiro e terceiro lugar, ao lado do alemão, que ocupa a segunda posição.
“Artistas que – no passado – poderiam ter lutado para se destacar estão agora a encontrar o seu público, e a indústria da música hoje é um reflexo mais diversificado e preciso do mundo em que vivemos”, explica o Spotify no relatório publicado.
Por trás dos números de streams
Para entender melhor os bastidores da geração da receita por royalties musicais, o Spotify explica que o contexto de streaming tem garantido a compositores, intérpretes e demais profissionais da música o encontro com 600 milhões de ouvintes, distribuídos em 184 mercados. Baseada em algoritmos de recomendação, assim como outras aplicações digitais, a plataforma desponta no setor. Em 2023, por exemplo, 329 mil canções tiveram mais de 1 milhão de plays cada uma.
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Ao mesmo tempo, o streaming tem representado a possibilidade de ganhar públicos ou furar bolhas. Com todos os números espantosos, a plataforma ressalta que pelo menos 10 milhões de usuários da rede tenham feito, ao menos, o upload de uma faixa musical na plataforma, aqueles que dependem dessa receita como forma de sobrevivência somam cerca de 225 mil. Estes são artistas, profissionais e emergentes, que enfrentam os desafios de visibilidade e produção para a construção de uma carreira sólida.
De outro lado, o relatório aponta uma curiosidade: somente 20% dos artistas que geraram receitas, de no mínimo R$ 5 milhões de reais, entraram no TOP 50 Global diário do Spotify. A maioria não chegou a estar na lista mais concorrida da gigante dos streams, mas, foi capaz de reunir quatro a cinco milhões de ouvintes por mês. Muitos destes, tem uma carreira de no máximo 13 anos.
Os artistas independentes também despontam outro recorde entre os dados de pagamento de royalties. Metade do valor da receita paga pelo Spotify foi direcionado ao perfil em 2023, proporção inédita na história do levantamento.
“Este marco representa o primeiro ano em que os independentes responderam por cerca de metade do que toda a indústria gerou no Spotify, que totalizou mais de US＄9 bilhões”, explica o Spotify.