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Lana Del Rey escreve carta rebatendo acusação de glamorização do abuso sexual e fala de novo álbum

Em carta aberta sobre mulheres na indústria, Lana Del Rey rebate acusações de glamorização do abuso e anuncia novo álbum

Uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil 2020, adiado para dezembro, Lana Del Rey revelou a data do lançamento de seu próximo disco, que chega ainda neste ano.

O próximo álbum da cantora, o sucessor do “Norman Fucking Rockwell!”, será lançado no dia 5 de setembro e deverá se chamar “White Hot Forever”, como a própria Lana já adiantou anteriormente.

Em carta aberta sobre mulheres na indústria, Lana Del Rey rebate acusações de glamorização do abuso e anuncia novo álbum
Lana Del Rey em show em NOva York em setembro de 2019. (Foto: Getty Images / Uso Autorizado POPline)

A revelação do próximo lançamento de Lana Del Rey foi feita em uma carta aberta da cantora em que ela fala sobre as mulheres na indústria da música e todos os “dois pesos, duas medidas” que elas sofrem em comparação aos homens. Na carta, Lana ainda cita nomes de outras artistas, como Ariana Grande, Cardi B, Nicki Minaj e Beyoncé.

Ainda na carta, Lana rebate acusações de estar glamorizando o abuso sexual em suas músicas e confirma o lançamento de dois livros de poesias.

Leia a carta aberta de Lana Del Rey completa:

 

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Pergunta para a cultura:

Agora que Doja Cat, Ariana, Camila, Cardi B, Kehlani e Nicki Minaj e Beyoncé tiveram primeiros lugares com músicas sobre ser sexy, não usar roupas, transar, trair etc – eu posso voltar a cantar sobre ser representativa, sentir-se bonita por estar apaixonada mesmo se o relacionamento não é perfeito, ou sobre dançar por dinheiro – ou o que eu quiser falar – sem ser crucificada ou dizer que eu estou glamorizando o abuso???

Eu estou cansada de compositoras mulheres e cantoras alternativas dizendo que eu glamorizo o abuso quando na realidade eu sou apenas uma pessoa glamourosa cantando sobre as realidades do que todos nós estamos agora vendo que são relacionamentos abusivos predominantemente emocionais em todo o mundo.

Com todos os tópicos que as mulheres estão finalmente permitidas para explorar eu quero apenas dizer que nos últimos dez anos eu acho patético que minha pequena exploração lírica detalhando meus papeis às vezes submissos ou passivos em meus relacionamentos frequentemente fez pessoas dizerem que eu atrasei as mulheres centenas de anos.

Vamos deixar claro, eu não sou não feminista – mas tem que haver um lugar no feminismo para mulheres que parecem e agem como eu – o tipo de mulher que diz não mas os homens ouvem sim – o tipo de mulher que é censurada sem piedade por ser autênticas e delicadas. O tipo de mulheres que têm suas próprias histórias e vozes arrancadas delas por mulheres mais fortes ou por homens que odeias mulheres.

Eu tenho sido honesta e otimista sobre os relacionamento desafiantes que eu tive.

Notícia! É exatamente assim para muitas mulheres.

E infelizmente essa foi minha experiência até o momento que esses álbuns foram feitos. Então eu quero apenas dizer que tem sido já dez anos de reviews escrotas até recentemente e eu aprendi muito com elas.

Mas eu também sinto que isso realmente abriu o caminho para outras mulheres para parar de ‘colocar um rosto feliz’ e apenas poder falar o que elas quisessem em suas músicas – diferente de minha experiência que se eu expressasse uma nota de tristeza em meus primeiros dois álbuns eu seria taxada literalmente de histérica apesar de isso ser literalmente os anos 1920.

De qualquer forma, nada disso tem a ver com muita coisa mas…

Eu irei detalhar um pouco dos meus sentimentos nos meus próximos dois livros de poesia (principalmente no segundo) com Simon e Schuster. Sim eu ainda estou fazendo reparações pessoais com os lucros dos livros indo para fundações Nativo Americanas o que me deixa muito feliz. E eu tenho certeza que terá tons do que eu estive ponderando em meu novo álbum que será lançado no dia 5 de setembro.

Obrigada por ler

Feliz quarentena.