A ex-Paquita Ana Paula Almeida (Pituxita) garante que não foi ela que contou para a diretora Marlene Mattos sobre a preparação de um livro das Paquitas. O livro foi o catalisador da demissão em massa de toda sua geração em 1995. “Eu não fiz isso. E outra coisa: quem era minha amiga? A Xuxa! Obviamente que eu procuraria a Xuxa, não procuraria a Marlene”, diz em entrevista ao “Sala de TV”, do Terra.
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O assunto voltou à tona quase 30 anos depois por conta do documentário “Pra Sempre Paquitas”, do Globoplay, que aborda o caso. A série mostra que as Paquitas queriam montar uma peça inspirada em “Confissões de Adolescente” para contar suas histórias. Mas ao se abrirem para o diretor João Henrique Schiller, ele viu potencial em um livro best-seller, expondo abusos morais e situações sórdidas de bastidores.
O livro, de fato, foi lançado, com o título “Sonhos de Paquita: Bastidores do Xou”, cheio de relatos pesados. Marlene Mattos comprou quase todas as cópias e demitiu as Paquitas, por exporem o programa, a Xuxa e a ela própria. No documentário, fica claro que uma das Paquitas desistiu do projeto no meio do caminho e fez a fofoca para a diretora.
“A Lenice [secretária de Marlene Mattos] disse que foram procurar ela, e eu até coloquei ela na parede no dia da inauguração. Falei ‘quem foi?’ e ela falou ‘não conto’. Então, o que vou responder hoje é que eu já falei e não falo mais sobre esse assunto. A pessoa, por motivos dela, não quer dizer. Eu sou diferente. Quando aconteceu comigo, fui lá, em rede nacional e falei ‘aconteceu isso’, provei, botei as provas. Se fosse agora, eu faria a mesma coisa”, diz Ana Paula Almeida.
Por que Ana Paula Almeida é suspeita para os fãs?
As desconfianças caem sobre ela porque, ao contrário das outras Paquitas de sua geração, Ana Paula Almeida continuou trabalhando nos programas da Xuxa após a demissão, só que nos bastidores. Além disso, ela parou de ir às reuniões de ‘brainstorming’ sobre a peça/livro.
“Por que eu não fui mais? Porque eu tava junto das meninas, ‘vamos fazer um projeto, queremos mostrar pra Marlene, vamos dar esse orgulho’. Quando começou a desencadear, que eu vi que minhas amigas, como eu, estavam em uma situação que não ia ser bacana, que não ia vender da forma que a gente achava que ia vender, muito menos em livro, eu falei: ‘peraí, tem alguma coisa errada’. Conversei com minha mãe: ‘mãe, não acho isso certo'”, relembra.