“Pureza”, o filme protagonizado por Dira Paes, é baseado em uma história real. Dira, inclusive, conheceu a verdadeira Dona Pureza. Nascida em Presidente Juscelino, no interior do Maranhão, Pureza Lopes Loyola lutou por três anos para encontrar seu filho e se tornou símbolo do combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil.
Dona Pureza recebeu o Prêmio Antiescravidão, da ONG inglesa Anti-Slavery International, em 1997. Sua história, tratada no filme, é emocionante. Ela teve cinco filhos e os criou com muita dificuldade. Buscando melhores condições, o filho caçula, Abel, foi tentar a sorte no garimpo no Pará. Nunca mais voltou ou deu notícias.
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Meses após esperar por um contato do filho, Dona Pureza foi atrás dele, carregando apenas sua bolsa, sua Bíblia e uma foto de Abel. Ela visitou fazenda por fazenda, conheceu de perto o sistema escravocrata que confisca os documentos dos trabalhadores, e começou a agir.
Dona Pureza inspirou trabalho que já libertou milhares de trabalhadores em situação análoga à escravidão
Dona Pureza entrou em contato com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho no Maranhão, no Pará e em Brasília. Além disso, enviou cartas para três presidentes da República: Fernando Collor, Itamar Franco (o único que lhe respondeu) e Fernando Henrique Cardoso.
Ela conseguiu encontrar o filho, que voltou a viver com ela e a família. E, fora isso, sua batalha foi decisiva para a criação do Grupo Especial Móvel de Fiscalização, que libertou mais de 57 mil pessoas em situações análogas à escravidão entre 1995 e 2021.