O produtor Neil Portnow, da Recording Academy, responsável pelo Grammy Awards, emitiu um comunicado para esclarecer sua entrevista à revista Variety. Logo após a premiação, ele declarou à publicação que as mulheres haviam sido pouco premiadas porque elas precisam “avançar”, dar um passo além e se envolver executivamente na indústria da música. Não pegou bem. Nomes como Katy Perry, P!nk, Halsey, Charli XCX e Iggy Azalea o criticaram publicamente.
No comunicado de mea-culpa, Neil Portnow diz o seguinte:
“Fui perguntado sobre a falta de representação feminina em certas categorias do Grammy Awards. Lamentavelmente, usei as palavras ‘dar um passo’ que, tiradas de contexto, não refletem minhas crenças e o ponto que eu tentei tratar.
Nossa indústria deve reconhecer que as mulheres que sonham com carreiras musicais enfrentam barreiras que os homens nunca enfrentaram. Temos que trabalhar ativamente para eliminar essas barreiras e encorajar as mulheres a viverem seus sonhos, expressarem sua paixão e criatividade através da música. Devemos recepcioná-las, mentorá-las e empoderá-las. Nossa comunidade será mais rica assim. Eu lamento não ter sido tão articulado quanto deveria ao transmitir esse pensamento. Reitero meu compromisso em fazer tudo que puder para tornar nossa comunidade da música melhor, mais segura emais representativa para todo mundo”.
Neil Portnow não foi o único questionado sobre #GrammysSoMale. O produtor da cerimônia, Ken Ehrlich, comentou sobre a falta de uma performance de Lorde – única mulher indicada na categoria Álbum do Ano. “Esses programas são uma questão de escolhas, e nós temos uma caixa e temos que preenchê-la. Ela teve um ótimo álbum, a indicação a álbum do ano é uma grande honra, mas não existe maneira de inserir todo mundo. Às vezes algumas pessoas que não deveriam acabam ficando de fora, mas por outro lado fizemos o melhor para ter certeza de um show representativo e balanceado”.