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“Ele sempre me empurrou para o palco”, revela Mart’nália sobre o pai

A filha do sambista Martinho da Vila participou do podcast “Essenciais”, exclusivo da Deezer
Foto: Divulgação

Filha do sambista Martinho da Vila, Mart’nália é atriz, cantora, compositora, percussionista, instrumentista é a convidada do mais novo episódio do podcast “Essenciais”, exclusivo da Deezer. No podcast, ela conta para o jornalista Zeca Camargo, em um bate-papo super descontraído, um pouco sobre a sua trajetória pessoal e profissional através de canções que marcaram sua carreira.

O interesse da artista pela música dá início a conversa, que por sua vez, responde que já nasceu nesse meio. Durante sua infância, Mart’nália participava de rodas de samba, sempre ouvindo e vendo diversas pessoas próximas tocando.

“Nada mais me interessava muito no geral. Aquele som, os encontros, os acordes, a forma dos amigos tocarem, não tinha como mesmo”, conta a cantora que, em seguida, lembra de histórias da sua professora de piano, que foi a primeira pessoa a pontuar que ela teria um futuro promissor se seguisse com uma carreira no cenário musical.

Foto: Divulgação

Como não poderia ser diferente, a conversa chega à temática do pai da artista, que segundo ela, é o seu maior fã. O sambista foi um dos principais incentivadores para que ela seguisse pelo caminho da música:

“Ele sempre me empurrou para o palco de alguma forma. Era a forma de nos levar para o trabalho. Primeiro foram as tias e depois os filhos, era a forma de ele estar próximo”, reflete.

A artista conta também sobre seu primeiro disco, gravado em 1987, e como a possibilidade de gravar foi considerada por ela uma loucura do seu produtor daquela época, porque Mart’nália ainda não sabia que queria cantar.

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A cantora só começou a levar a música como carreira quando se tornou percussionista profissional, motivo pelo qual levou mais de dez anos para lançar um segundo álbum. “A partir desse momento eu comecei a encarar de frente o meu lado músico, eu sempre gostei de ser percussionista. Foi só lá pra 2001 que eu tive que ser cantora mesmo”, explica a artista.

No podcast, cerca de 15 faixas do convidado são selecionadas para guiar o percurso por suas carreiras. Com Mart’nália, o episódio começa com a música do disco “Menina do Rio”, lançado em 2006. A canção intitulada “Cabide”, foi uma faixa concedida pela Maria Bethânia, que inclusive sugeriu que ela pedisse músicas para outros compositores. No início, Mart’nália conta que não queria gravar, mas conforme ela ia cantando, foi se adaptando a melodia e a letra da música que se tornaria um de seus maiores sucessos.

Ela conta também como foi lançar seu próximo álbum, um show ao vivo em Berlim: “Era copa do mundo e me chamaram, junto com outros artistas, para a gente ir pra lá”. Durante essa viagem aconteceram apresentações, além de Mart’nália, de artistas como de Bebel Gilberto, Chico Buarque e vários outros que se revezavam e ela foi chamada pelo próprio Chico para tocar juntos a música “Sem Compromisso”, que foi uma canção que eles já haviam apresentado juntos anteriormente.

Durante essa entrevista regada de “pretinhosidade”, a artista passa por diversas outras histórias e canções que marcaram a sua jornada e para fechar com chave de ouro, Zeca Camargo questiona a artista se ela imaginava que algum dia seria uma voz essencial para a música brasileira e, com muito bom-humor, Mart’nália responde:

“Nunca! Isso é a maior viagem. Eu nunca pensei nisso não, mas a vida foi linda assim mesmo. É bem legal, mas bem esquisito também”, conclui.

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