O novo episódio do Podcast CASES tem a honra de receber Mateo Piracés-Ugarte, integrante da Francisco, el Hombre e Felipe Gonzalez, empresário da banda e diretor da Difusa Fronteira. A dupla contou um pouco sobre como foi o encontro produtivo entre eles, os caminhos que estão trilhando no digital, o impacto da pandemia, como o sucesso de “Triste, Louca ou Má” repercutiu na carreira da banda e muito mais!
Formada em 2015 pelos irmãos mexicanos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte e pelos brasileiros Juliana Strassacapa e Andrei Kozyreff, a Francisco El Hombre não se permite ser colocada numa caixinha, pois se entende como uma obra viva em constante transmutação e evolução.
Isso faz com que a banda não tome as suas decisões e escolhas artísticas baseadas pelo “sucesso”, mas, sim, por sua essência e por sua verdade. Com o nome “Francisco El Hombre” veio emprestado de um personagem do clássico livro “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, já que a banda nasceu com inspiração nas viagens e fronteiras cruzadas. As letras em português e em espanhol logo fizeram com que o conjunto se tornasse uma peça fundamental nessa conexão latino-americana.
Entre as novidades reveladas pela banda durante o podcast, está o processo de criação de um novo álbum, que tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. Além disso, Mateo e Felipe falaram sobre o lançamento da versão de “Roda Viva”, de Chico Buarque, que integra a trilha-sonora do documentário “A Fantástica Fábrica de Golpes” (The Coup d’État Factory).
Ouça mais:
- Guilherme Arantes e Anderson Carlos: trajetória e catálogo
- Giulia Be e Adriana Marinho: gestão de carreira; ouça
- Larissa Luz e Potyra Lavor: equilíbrio entre arte e business
Francisco, el Hombre e Doctor Krápula em “Mala Fama”
Para além das novidades reveladas no podcast, a banda acaba de lançar uma música em parceria com a Doctor Krápula. Na faixa, que chegou aos aplicativos de streaming nesta sexta-feira (27), os dois grupos, brasileiro e colombiano, respectivamente, se unem em um canto que clama pelo reconhecimento do imenso valor cultural e ancestral dos povos latinoamericanos.
Para passar uma mensagem positiva e tirar as ideias pré-concebidas das suas origens, a Francisco, el Hombre e a Doctor Krápula escolheram percorrer por um discurso de enfrentamento positivo e alegre, ressaltando as características positivas de cada um: seja o arroz e o feijão, seja o gingado e o agito. Ouça:
A sonoridade de “Mala Fama”, que tem produção de Niko Cabrera (baterista do Doctor Krápula), contribui na intenção de como os grupos querem passar as ideias adiante, apresentando uma célula harmônica que serve de convite para entrar em um tantra carregado de positivismo e boas vibrações.
A letra de “Mala Fama” faz menção ao termo “sudaca”, expressão xenófoba usada para definir, de forma depreciativa, os sul-americanos, generalizando culturas e histórias extremamente diversificadas. Inclusive, a Francisco, el Hombre já havia feito menção a esta expressão no single “Baile Sudaca”, lançado pela banda no ano passado, em parceria com o grupo chileno Moral Distraída.