Repórter investigativa do jornal O Globo, Vera de Araújo é quem deu o nome de milícia para os grupos paramilitares que extorquem dinheiro de moradores no Rio de Janeiro. Ela também é autora do livro “Mataram Marielle”, finalista do Jabuti. Agora, ela se debruça sobre a jornada de Flordelis, uma figura para lá de controversa.
A deputada, pastora e cantora evangélica já tinha bastante notoriedade, antes da acusação de assassinato. Ela já publicou seu próprio livro e foi tema de um documentário, que a focavam em seu trabalho social adotando crianças abandonadas e em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. Ela teve 55 filhos, entre biológicos, adotados e de criação.
“Anderson fazia parte desse núcleo inicial, tendo se juntado à família, na época, por conta de um romance com uma das filhas biológicas da pastora. Mas, de agregado da ‘Mãe Flor’, ele logo passaria a ser marido dela e pai de seus filhos. Expulsa da comunidade por divergências com traficantes, perseguida pelo Juizado de Menores — que a todo custo tentava regularizar suas adoções —, a história de Flordelis comoveu a todos. O crime contra seu marido, no entanto, revelou uma complicada rede de intrigas familiares, segredos e contradições que, por fim, colocou a viúva e alguns de seus filhos como principais suspeitos”, diz a sinopse do livro.
O TCU (Tribunal de Contas da União) atendeu o pedido do deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) para investigar o suposto uso irregular de dinheiro...