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Opinião: Para início de conversa

 Arthur Fitzgibbon. Foto: Divulgação

Como primeira coluna, achei prudente ser o mais transparente e aberto logo do início. Eu não trabalho para nenhum artista, eu não trabalho para nenhum empresário, eu não trabalho para a ONErpm ou qualquer outra empresa. Eu trabalho para a música. Eu trabalho para essas sensações que a música nos traz. Eu acho que eu trabalho nisso desde que nasci e trabalharei até meu último dia de vida.

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Muito cedo eu descobri que meu talento na música seria para a área de negócios e meu sonho infantil de ser um rockstar seria realizado de uma maneira diferente. Tentei e tento até hoje tocar guitarra, bateria, baixo, teclado e até cantar, mas nem bater palmas no ritmo eu consigo direito. Por isso eu me concentrei em transformar e entender toda o ciclo produtivo da cadeia da música.

Iniciei os estudos sobre o Music Business, em 1994. Comecei em rádio em 1995 e produzi a primeira fita demo do meu selo em 1997. Em 1999, iniciei o trabalho de Assistente de Marketing Estratégico na Universal Music. Depois, passei para Coordenador de Marketing Estratégico na Abril Music, em 2001.

Em 2003, assumi o cargo de coordenador de Projetos Especiais na EMI. Nesse mesmo ano, comecei a empresariar artistas independentes. Em 2005, abri minha própria gravadora e produtora chamada Thurbo Music e, no ano seguinte, fiquei sócio de uma produtora de uma rede de rádio chamada Double G.  Em 2007, comecei a lecionar aulas de Marketing e Comunicação em Universidades.

No ano de 2010, coloquei os meus negócios em stand by e  assumi a renovação do selo Kuarup.  Em 2011, assumi a curadoria e gestão de uma loja digital de Ringtones e, nesse mesmo ano, conheci a ONErpm e, em maio de 2012, me juntei ao seu fundador para começar um novo negócio dentro de uma garagem em São Paulo, que se tornou hoje uma das maiores empresas de música do mundo, liderada pela estratégia e inovações incentivadas pelo que fazemos no Brasil.

Foram milhares de shows, reuniões, palestras, workshops, backstages, produções, erros e acertos que me trouxeram até a escrita desta coluna. Em todos os trabalhos que fiz até hoje, tenho um enorme orgulho de tudo que fiz. Até hoje são 26 anos (e contando)  imersos no Music Business. Ter uma carreira no Music Business não é um acaso, não acontece do dia para a noite e muito menos depende de sorte.

O segredo do sucesso de uma carreira no Music Business eu não sei, mas arrisco dizer que tem a ver com os famosos quatro pilares (que vivo falando em palestras):

1)  Talento – Você precisa ser o melhor entre todos os outros no que pretende executar, se você não for estude até cair de sono nos livros e seja o melhor, seja a pessoas mais disciplinada que puder ser.

2)  Equipe – Somente se associe com as pessoas mais admiráveis e que entendam seu ponto de vista. Ter pessoas do seu lado que pensem como você é essencial.

3)  Financeiro – Não esqueça que a regra do jogo é financeira, precisa ser respeitada e ter como prioridade.

4)  Sorte – Seja talentoso, tenha pessoas como você ao seu lado e foque na sua estrutura financeira, pois se a sorte aparecer você terá uma pequena chance de agarrar ela e manter sua carreira.

E, com tudo isso, sou um ser humano, apto a falhas, erros e equívocos. Sou um pai, um filho, um amigo, um estudante e o que mais gosto, eu ainda sou o mesmo adolescente apaixonado por música que decorava fichas técnicas de discos, letras de músicas e histórias de backstages lidas em revistas especializadas.

Eu tenho a possibilidade de viver e trabalhar no meu sonho e, melhor ainda, eu posso colaborar com muitas outras pessoas a viver seus sonhos junto comigo. Evito as tentações do nosso mercado, evito os caminhos fáceis e milagrosos dos sucessos e com isso espero liderar toda uma geração de pessoas, artistas, profissionais e estudantes para colaborar para a propagação e crescimento da indústria musical.

Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas maravilhosas, cheias de inspiração e que tinham essa mesma paixão pela música. Um deles foi Marcos Maynard. Com ele aprendi algumas coisas:

1)  Nunca, nunca, nunca desistir.

2)  Obstinação diária em ser o melhor no que a gente se propõe a fazer.

Escrevo essas experiências pessoais para dividir com quem for ler esta coluna, criar um elo e se possível inspirar uma nova geração de profissionais do Music Business, que levem a sério esse nosso mercado. A música vem primeiro que os artistas, portanto, todos nós somos operários da música. Eu não nasci e não vivo para ser apenas mais um executivo da música, eu vim para mudar para sempre o mundo da música.

Com isso, acredito que possamos ser amigos e dividir nossas emoções e opiniões respeitando o caminho um do outro. Com muito respeito,

 Arthur Fitzgibbon.

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Presidente da ONErpm no Brasil, fundador da Thurbo Music e professor de pós graduação em Negócios da Música e Marketing. Com mais de 25 anos dedicados ao mercado brasileiro da música, com passagens por Universal Music, Polygram, Abril Music, EMI Music e Kuarup. Foi empresário de artistas, produtor executivo de mais de 300 discos, radialista, professor de marketing e comunicação, e hoje tem o foco dedicado ao desenvolvimento integrado ao mercado da música digital.

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