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Negri Li cantará no Museu da Língua Portuguesa

Show acontecerá no sábado, com transmissão pela Internet.

Negri Li cantará no Museu da Língua Portuguesa
(Foto: Rodolfo Magalhães)

Negra Li vai fazer um show inédito no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no sábado (31/7) às 14h (horário de Brasília). O local será reinaugurado após ter fechado suas portas por conta de um incêndio em 2015.

O show da Negra Li durará cerca de 60 minutos e incluirá sua música nova, “Comando”. A apresentação compõe o projeto #CulturaEmCasa, da plataforma de streaming da Secretaria de Cultura de São Paulo. Isso significa que o público poderá assistir a tudo pela Internet.

Negri Li cantará no Museu da Língua Portuguesa
(Foto: Rodolfo Magalhães)

Como a pandemia do coronavírus não acabou, as normas sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) serão respeitadas. Os convidados presentes ficarão sentados à mesa, com distanciamento social.

Nova fase na carreira de Negra Li

“Comando” marca o início de uma nova fase na carreira da Negra Li. “É parte de um sonho que estou realizando, fala sobre mim, sobre como estou tomando as rédeas das coisas”, diz a cantora.

“Sou uma cantora bem sucedida em minha carreira, depois de muita luta e trabalho. Quero usar este espaço como um manifesto sobre o preconceito que ainda existe na sociedade”, completa.

Na música e no clipe, ela enaltece as raízes e a ancestralidade das mulheres pretas. O vídeo foi gravado em uma fazenda escravocrata da época dos barões do café, com intuito de ocupar e ressignificar o espaço.

“No clipe, eu quis falar ainda mais do que na música. Já que o clipe é imagem, não tem como, uma pessoa como eu carrega, naturalmente, o fato de ser uma mulher preta, na base da pirâmide da sociedade, com todas as coisas que sofre, não tem como, já vem comigo. Junto com a música, que fala sobre empoderamento, dessa minha nova fase, dessa mulher que se descobriu, viu a importância da referência que tem musicalmente como mulher, com tudo assim. Eu aproveitei isso na música pra relatar o racismo, para relatar o sofrimento que a gente ainda passa pelo preconceito racial, por sermos ainda atingidos por conta disso”, explica.

CRÉDITO RODOLFO MAGALHÃES