Anitta mudou completamente sua relação com a pauta política e hoje em dia é a terceira personalidade mais influente politicamente do Brasil. Para quem já foi tão criticada por seu silêncio quanto a temas sociais importantes, dá para dizer que há uma nova Anitta em cena. “Não podia mais ficar em cima do muro”, ela diz em entrevista à revista Veja Rio, “seria incoerente que a personalidade Anitta não tivesse uma posição”.
(Foto: Getty Images / Uso autorizado POPline)
Nesta entrevista, a cantora avalia essa mudança de imagem e de oratória. Diz que não tem perder parcerias com marcas, porque só se associa a empresas que a conhecem muito bem. O discurso político, por outro lado, é importante para fidelizar os fãs – que estavam desgostosos com ela antes.
“Eu não sabia que era necessário tomar partido, ter uma posição. E as pessoas me cobravam muito, inclusive os fãs. Era uma pressão enorme, e isso me fez entender que era importante. Mas eu só falo sobre o que eu sei, por isso comecei a aprender com a Gabriela [Prioli], que é minha amiga”, diz.
Anitta ainda está aprendendo conceitos políticos
Anitta conta que não se identifica totalmente nem com a esquerda nem com a direita.“Prefiro ficar ali no meio, achar lados positivos nos dois espectros, porque não acredito em uma coisa totalmente boa ou ruim”. Também não diz que é do centro, porque ainda não aprendeu o que é o centro. “A Gabi não me explicou. Ainda não cheguei a essa aula”, admite.
Sua mudança de postura coincidiu com o momento de isolamento social por conta da pandemia do coronavírus. Anitta passou a fazer lives de educação política e a usar sua plataforma para pressionar deputados a favor do meio-ambiente e da classe artística. Quando tudo voltar ao normal, ela continuará se posicionando, mas não pretende levar isso para o palco.
“Não, pelo amor de Deus. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A política é para pensar em temas sérios, é outra vibe. Ao show vai uma galera que quer se divertir, é entretenimento puro”, comenta.