A estreia de “Pantanal” na TV Globo está marcada para o dia 28 de março e em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (23), parte do elenco refletiu sobre seus personagens na trama. Murilo Benício, por exemplo, dará vida a Tenório, um homem polêmico, considerado até como vilão, pelas atitudes controversas e comportamento preconceituoso.
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)
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Tenório vem do Paraná para o Pantanal com um passado que prefere esconder. Fazendeiro, marido de Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e pai de Guta (Julia Dalavia), é um sujeito prático, frio e extremamente racional.
Para ele, não há justiça, não há mérito, não há nada. Lição que aprende a duras penas. Muito antes de começar a ganhar, Tenório aprende a perder, até se tornar um verdadeiro mestre no jogo da vida. Para a família, é um homem moralista, retrógrado, conservador e preconceituoso. Por isso a surpresa quando Guta descobre que o pai tem outra família em São Paulo.
Em coletiva que o POPline estava presente, Murilo Benício descreveu seu personagem como um sobrevivente: “Os pais morreram quando ele tinha 13 anos, então se tornou um sobrevivente antes de mais nada”.
Porém, o ator reconhece que Tenório é “uma pessoa muito bruta, em que os valores são questionáveis. É um cara que pensa em sobreviver e as atitudes são justamente irreais para quem assiste de fora”.
“Quero que as pessoas olhem para ele e se reconheçam porque o Tenório, de uma certa forma, é o que a gente é mas com tintas muito fortes. A minha esperança é que a gente mostre esse tipo de homem ainda existe por aí”.
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Murilo contou que não assistiu a primeira versão, pois não queria ser influenciado pelos trejeitos de Antônio Petrin quando interpretou o personagem em 1990. Questionado sobre o possível do cancelamento de Tenório atualmente, disse:
“Eu acho bom, a primeira conversa que eu tive com o Bruno [Bruno Luperi, autor], a gente estava falando exatamente sobre isso, falando desses lugares aonde chega o Tenório e eu falei para ele não aliviar nada porque existe por aí. É bom falar, é bom que as pessoas se reconheçam nesse Tenório. […] Ele ainda existe e existe aos montes”.
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