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Meta faz a última rodada de demissões, mesmo com a recuperação do valor de mercado

Ao todo, a empresa cortou cerca de 21 mil pessoas na onda de demissões que atingiu o setor de tecnologia desde o ano passado

Mark Zuckerberg, CEO Meta
Mark Zuckerberg, CEO Meta. Foto: Divulgação/Meta

A Meta fez uma nova rodada de cortes de empregos nesta semana, apesar de uma recente recuperação no preço de suas ações que adicionou cerca de US$ 320 bilhões ao seu valor de mercado, o equivalente a R$ 1.615,71 trilhão.

Depois de cortar cerca de 11 mil empregos, ou seja, cerca de 13% de sua força de trabalho, em novembro passado, a Meta anunciou uma segunda rodada de demissões em março, que começou na terça-feira (18). As informações são do Music Business Worldwide.

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Segundo o Music Business Worldwide, a Meta está a caminho de cortar sua força de trabalho em 21 mil pessoas, ao todo, na onda de demissões que atingiu o setor de tecnologia desde o ano passado.

De acordo com o layoffs.fyi, um site que acompanha as reduções de empregos em tecnologia, os cortes da Meta estão atrás da Amazon, que anunciou 27 mil demissões.

O relatório da Vox aponta que as demissões da Meta esta semana se concentraram em equipes voltadas para o produto que trabalham nas várias marcas da empresa, como Facebook, Instagram, Reality Labs e WhatsApp.

As ações no Vale do Silício

Segundo o Music Business Worldwide, a maioria dos nomes do Vale do Silício viu os preços de suas ações despencarem no ano passado, em meio a uma correção do mercado de ações provocada por preocupações com a inflação e o aumento das taxas de juros.

O preço das ações da Meta caiu mais de 75%, de um pico de cerca de US$ 378 por ação em setembro de 2021 para cerca de US$ 91 em novembro de 2022. No entanto, desde então, houve uma grande recuperação, com o preço das ações subindo para US$ 215 nas negociações desta semana.

Esse dado aumentou a capitalização de mercado da empresa para US$ 553 bilhões, de um mínimo de cerca de US$ 236 bilhões no início de novembro de 2022.

Segundo o Vox, espera-se que os cortes de empregos desta semana afetem cerca de 4 mil pessoas. Espera-se que o restante desta rodada de cortes ocorra em maio, quando a equipe voltada para negócios – como finanças, RH e jurídico – será afetada, disse a CNBC.

Durante os anos de boom anteriores à desaceleração deste ano, gigantes da tecnologia como Meta, Alphabet, controladora do Google, Microsoft e outros expandiram suas contratações rapidamente.

As demissões também atingiram o mercado da música

O Spotify anunciou em janeiro que planeja cortar 6% de sua força de trabalho global, que somava mais de 500 pessoas. Como os gigantes do Vale do Silício, a plataforma passou por uma onda de gastos durante os anos de fácil acesso ao capital.

O Warner Music Group reduziu a sua força de trabalho em 4%, cerca de 270 pessoas. As demissões também atingiram a Utopia Music, em novembro passado, e em março passado, a Downtown Music Holdings anunciou demissões em várias divisões.