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Martin Scorsese elege seu álbum favorito dos Rolling Stones

Diretor já usou músicas da banda em seus filmes e dirigiu o documentário “Shine a Light”
Foto: Getty Images

Martin Scorsese e os Rolling Stones compartilham um parentesco visceral que os levou a colaborar direta e indiretamente em várias ocasiões. Na verdade, o diretor já se declarou um fã inveterado por diversas vezes. “Meus filmes seriam impensáveis ​​sem eles”, disse uma vez.

O diretor Martin Scorsese e os Rolling Stones: amizade duradoura (Créditos: Alamy)

O empolgante clássico “Gimme Shelter” aparece em filmes de Scorsese como Mean Streets, Goodfellas, Casino e The Departed – o que sugere um forte amor pelo violento trabalho de guitarra no hit lançado pela banda em 1969. Assim, de forma bastante previsível, a faixa abre aquele que é o álbum favorito do diretor: Let It Bleed. A confirmação veio durante uma entrevista em que ele participou ao lado do vocalista Mick Jagger, quando ambos divulgavam a série de TV Vinyl (2016).

Quando a pergunta foi feita a Jagger, ele desviou com humor ao afirmar: “Não consigo nem lembrar quais músicas estão em cada álbum. De verdade”. Mas sejamos justos: o frontman dos Rolling Stones já compôs mais de 300 canções ao longo de quase 60 anos de carreira. É mais provável que a falta de memória seja verdade do que um mero desvio da obrigação de eleger um trabalho favorito.

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“Gimme Shelter” é uma canção apocalíptica e reflete aquele momento, de certa maneira. “Bem, é uma era muito difícil e violenta. A Guerra do Vietnã não era uma guerra como conhecíamos no sentido convencional. Não era como a Segunda Guerra Mundial, e não era como a da Coreia ou do Golfo. As pessoas se opuseram e não queriam lutar. ‘Gimme Shelter’ é uma espécie de música do fim do mundo. Na verdade todo o álbum é assim”, disse Mick Jagger na entrevista.

Embora Scorsese não tenha efetivamente “crescido com a banda”, o diretor lembrou que foi ao primeiro show dos Stones em 1970, quando tinha 28 anos, no período em que começou a se destacar no cenário do cinema nova-iorquino. Na entrevista ele conta que não tinha sido exposto às músicas da banda antes disso. “Minha família pertencia à classe trabalhadora conservadora, então ouvíamos rádio AM. Mas a FM estava apenas começando, com o rock and roll. Então conheci Rolling Stones e Bob Dylan. E o resto, como para muitos, foi história a partir de então”.

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