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Maria Bethânia fala sobre política, carreira e vida aos 73 anos: “Tenho a maior honra de ser chamada de Paraíba”


Aos 73 anos Maria Bethânia está a toda vapor! Em uma temporada de shows intimistas, em uma espécie de “remember” do início da carreira com apresentações em boates, a “abelha rainha”, que geralmente evita falar de política, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” foi contundente nas críticas ao governo Bolsonaro após fala duvidosa do presidente sobre governadores nordestinos.

“Sinto o mesmo tesão de cantar, a mesma alegria, a mesma necessidade. Gosto de desafiar minha coragem. Naturalmente, a vida traz situações em que a gente pode não estar cantarolando. Mas pode estar cantando. E denunciando. O palco é um palanque como outro qualquer, uma tribuna. Como nordestina, me dói, não gosto que falem mal de minha terra e das minhas pessoas. Um austríaco não vai gostar se falarem que o Tirol é uma merda. O Brasil é um país. Se você o preside, preside o país inteiro. Mas eu tenho a maior honra de ser chamada de “paraíba””.

Sobre os últimos acontecimentos no país, Bethânia se mostra preocupada e filosofa: “A crueldade está muito grande. É preciso jogar água fria. Não sei como fazer isso. Vou cantando, me expressando, reagindo. As coisas têm que acontecer. É isso ou morrer. A vida exige coragem sempre. É preciso coragem para chegar a uma situação que traga alegria”.