Ludmilla estará presente nas festividades da Copa do Mundo que acontece no Catar entre novembro e dezembro. A princípio, a cantora não se apresentará em algum dos estádios do torneio (como alguns veículos tem sugerido por aí). Na verdade, ela é uma das estrelas do line-up de uma série de shows promovida por uma marca de cervejas em uma casa noturna em Doha. Ainda assim, uma ótima oportunidade para a artista exibir seu talento para tantas pessoas de nacionalidades diferentes. No entanto, ela deve ficar atenta: as leis contra a comunidade LGBTQIA+ do país são extremamente rígidas.
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Com o que Ludmilla precisa tomar cuidado?
Ludmilla é abertamente bissexual e é casada desde 2019 com a dançarina Brunna Gonçalves. Em seus shows, a cantora se mostra orgulhosa e feliz por cantar livremente sobre seu amor. Com frequência, a esposa sobe ao palco para dançar a música “Maldivas“, feita em sua homenagem, e costuma rolar beijo na boca – para alegria dos fãs.
Porém, no Catar as leis são conservadoras. Como exemplo, são proibidas demonstração de afeto em público. No entanto, a situação da comunidade LGBTQIA+ é ainda pior, já que a homossexualidade é considerada ilegal. As penas podem incluir açoitamento, três anos de prisão e até mesmo execução – apesar de não haver registros de pena de morte neste caso por lá.
Uma vez que a artista é casada com outra mulher, talvez seja recomendável repensar o beijo no palco, caso a música “Maldivas” esteja em seus planos. Até mesmo a letra do hit pode ser um risco, já que trata diretamente da homoafetividade: “É, a minha de fé, minha preferida / Eu, eu caso com essa mulher, vou parar lá em Maldivas“, canta Ludmilla.
O que as autoridades dizem?
Ao receber um evento da magnitude da Copa do Mundo, o Catar estava ciente que receberia os mais diversos tipos de pessoas e culturas diferentes. A FIFA fez questão de conversar com as autoridades e eles garantiram que “todos seriam bem recebidos“. Pelo menos, na teoria. No entanto, as leis não serão alteradas e é recomendável que os turistas tomem cuidado.
O próprio major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari, o mais importante nome das forças de segurança de lá, afirmou que não é possível assegurar a segurança de pessoas LGBTQIA+. Em entrevista à Associated Press, ele afirmou que os torcedores estrangeiros são bem-vindos, contudo que evitem símbolos relacionados à comunidade.
Portanto, Ludmilla deverá avaliar se é recomendável exibir a famosa bandeira do arco-íris, coisa que ela já fez algumas vezes. Vale ressaltar que a ideia de valorizar uma causa tão importante é muito especial para uma artista de seu nível em solo brasileiro. Mas em caso de um país tão conservador e de leis rígidas, todo cuidado é pouco.
Por outro lado, a FIFA emitiu um comunicado que permitirá bandeiras LGBTQIA+ dentro dos estádios, indo contra alegações de autoridades do país. De qualquer forma, fora deles, não há como controlar.
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Ludmilla fora dos palcos
Além de pensar quais músicas apresentará no Catar, Ludmilla também precisa se resguardar fora dos palcos. Quase sempre a esposa Brunna Gonçalves a acompanha nas viagens (o que não deve ser diferente neste caso).
Outra questão diz respeito à privacidade: será que elas poderão dividir o mesmo quarto? De acordo com o Hypeness, dos 33 hotéis na lista de recomendados para hospedar fãs de futebol na Copa do Mundo, pelo menos um terço recusou-se hospedar ou demonstrou preocupação com a presença de casais LGBTQIA+. Os que aceitam, recomendam não haver demonstrações de afeto em público.
A FIFA comentou sobre o assunto e se comprometeu a “garantir que os hotéis mencionados sejam novamente informados sobre nossos rígidos requisitos em relação ao recebimento de hóspedes de maneira não discriminatória”.
Como Ludmilla tem uma grande equipe e produção por trás, todos os cuidados e providências devem estar sendo tomados para que não haja qualquer tipo de imprevisto.
Vale lembrar que houve um movimento para boicotar a Copa do Catar justamente por conta dessas leis radicais. Mas cabe a cada um zelar por sua segurança a partir do momento em que pisar no Catar. Goste-se ou não, são as leis do país que sediará o evento.
Mas se você ficará por aqui mesmo e acompanhará a Copa do Mundo e as apresentações musicais que acontecerão, sinta-se livre para demonstrar quem você é de verdade.
E que Ludmilla arrase levando o nome do Brasil para tanta gente de diferentes nacionalidades – e, de preferência, livre de qualquer preconceito.