Lady Gaga está tendo grande visibilidade com sua personagem de Patrizia Reggiani no filme “Casa Gucci“, inspirado em fatos reais. Capa de revista não é o que falta – até para fazer campanha para que ela ganhe o Oscar. A mais recente publicação em que ela aparece na capa é a Deadline.
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“Crimes fashion – Como Lady Gaga fez as pazes com seus demônios pessoas para interpretar a ‘Black Widow’ no filme Casa Gucci, de Ridley Scott“, diz a manchete da capa. Qual será o segredo dela?
O papel das mulheres no cinema
Lady Gaga afirma que, sim, as pessoas gostam de ver vidas femininas se desmoronando – que acontece com sua personagem Patrizia Reggiani.
“As pessoas adoram ver as mulheres desmoronar. Mas adoram ainda mais ver as mulheres desmoronando no cinema e na televisão. Quando as mulheres desmoronam na vida real e são vibrantes e apaixonadas, somos chamadas de loucas. Somos chamados de vadias. Dizem-nos que somos demais“, começou ela.
“Já fui chamado de ‘picante’ antes. Eu realmente não gostava disso, picante. É como, qual é o sabor de uma mulher?”, soltou.
Lady Gaga continua: “O sabor de Patrizia era seu DNA e era um produto de sua criação. Foi também o produto de ser incessantemente reprimida por esse sistema de homens. O que eu sempre quis foi retratá-la da maneira que eu acreditava, que é que ela tem arrependimento verdadeiro e real neste momento de sua vida. Que ela se arrepende desse assassinato. Para descobrir por que ela fez isso, eu tive que rastrear através das lentes da sobrevivência. Sobrevivência como mulher, eu acho, é uma narrativa muito complexa, e tentei tecer a história de muitos através dela“, comenta.
O dilema da mulher de 30 anos
Na entrevista, ela ainda falou como conseguiu se relacionar com uma personagem tão problemática.
“Que parte de nós como mulheres, quando somos enviadas para essa raiva cega, é ativada? Eu acredito que é a parte disso, proteger a pequena menina dentro de nós, e dizendo: ‘Quando eu era jovem, eu não sabia que isso aconteceria. Me ensinaram que se eu me casasse com alguém bem-sucedido, seria uma boa mulher. E agora estou sendo ensinado que nenhuma dessas coisas importa. Agora estou aprendendo que tudo isso é uma grande mentira. E eu estou protegendo aquela garotinha“, soltou ela.
Ela ainda relaciona com a pressão de ser uma mulher com mais de 30 anos: “Acho que é algo com o qual me relaciono profundamente, certamente em um nível pessoal. Costumo dizer que as mulheres são iluminadas desde o nascimento. Mas eu acho que é algo que muitas mulheres têm em comum, esse medo de, ‘Bem, se eu tiver mais de 30 anos e não for casada, ou se eu perder minha aparência neste momento, então eu não estou vai trabalhar mais'”, refletiu ela.
“Ou, como atriz nesta indústria, ‘Meu rosto tem que ser congelado no tempo para conseguir um emprego’. Tudo, desde estar na indústria do entretenimento até ser apenas uma mulher no mundo, sabem minha opinião sobre isso, e acho que muitas mulheres podem se identificar com isso“, reflete.