Neste sábado (08/05) Karol Conká deu uma entrevista ao programa “É de Casa”, da Globo, fazendo declarações bem fortes sobre a época que saiu do BBB 21 e descobriu que estava sendo odiada pela público. Foi muito difícil superar o “cancelamento” internamente, sendo que houve momentos em que ela realmente “quase desistiu de viver”.
No programa, ela respondeu pergunta de fãs e foi bem sincera. Saiba quais foram as perguntas e respostas:
Você conseguiu dormir depois que você viu as coisas que você aprontou lá no Big Brother?
Não. Uma das coisas que eu falava na casa era: “uma das coisas que eu gosto de fazer é deitar a cabeça no travesseiro e saber que eu não tenho nenhum problema”. Não, eu não consegui dormir direito. Hoje, já consigo dormir melhor, mas já passei muito mal. Fiquei muito tensa, muito decepcionada comigo, triste para caramba, querendo desistir até de viver. Então, pra eu sair dessa angústia, eu precisei aceitar a verdade. E a verdade é que eu tive essa atitude feia na casa e fui uma pessoa péssima na casa mesmo. A partir dessa noção, eu comecei a entender as camadas que levaram a ter esse tipo de atitude e entender como posso dissolver essas feridas para que eu não machuque mais ninguém. A minha intenção não é machucar as pessoas. Eu tenho trabalhado muito bem com muita terapia e tenho conseguido dormir melhor agora.
Como eu tenho certeza que sua lágrima é de verdade e você não está mentindo?
Eu fico muito triste… Elas cobram que a gente reconheça o erro e quando isso acontece, exponho minha vulnerabilidade, elas falam que é fingimento. E aí, nesse caso, isso diz mais sobre as pessoas do que sobre mim, porque o papel de reconhecer meu erro, de deixar a soberba de lado e entender tudo o que aconteceu, esse papel eu estou fazendo. […] O meu choro é verdadeiro, eu passei muitos anos segurando o choro ou usando uma carcaça só do poder, da força, mas a verdade é que eu sempre chorei escondido. Agora, no doc é possível me ver aos frangalhos porque é muito remorso, muita culpa. Mas as pessoas precisam entender que assumir minha culpa não quer dizer que eu deva mudar minha personalidade, ou não sorrir nunca mais, para que elas possam entender. Eu já caí no chão, eu já fiquei mal, eu já quis desistir de viver. O que mais eu preciso fazer para que as pessoas acreditem? […] Não vou me humilhar, eu represento uma mulher, uma mulher preta e não preciso definhar para que as pessoas pisem em mim. As pessoas estão passando dos limites que eu passei dentro casa. É uma reflexão para todo mundo, será que a justiça já não foi feita com minha eliminação e ataques que eu sofri?
Depois de tudo o que aconteceu, você teria coragem de entrar novamente no BBB?
Eu tenho recebido muito essa pergunta entre as amigos e fãs, mas gente… Eu não me arrependo de ter entrado no BBB. Eu me arrependo de não ter cuidado de mim antes, de não ter olhado mais para dentro de mim. Eu olhei despreparada psicologicamente. Então, eu iria novamente, mas sem os problemas e as feridas que me transformaram em uma vilã. […] Eu passei por muito tempo minha saúda mental e eu vejo isso como um convite para que eu chame atenção de mim mesma para algo que eu não estava ouvindo. Participar do BBB foi a experiência mais especial da minha vida, porque eu olhei para mim, foi o programa que proporcionou me entender. O que mais me magoou não foram nem os xingamentos que eu recebi, foi realmente a decepção que eu tive comigo mesma.
A entrevista está disponível no Globoplay.