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K-Pop começa a influenciar o pop brasileiro

Sonoridade e coreografias de grupos de K-Pop servem de referências para artistas brasileiros.

(Foto: Divulgação)

O K-Pop existe há muito tempo, mas se tornou um fenômeno mundial de uns anos para cá – ganhando espaço inclusive no Brasil. O país é o sétimo maior comentarista de K-Pop no Twitter, onde o segmento musical movimenta 6,1 bilhões de tweets ao ano. Isso prova o interesse nacional pelo pop made in South Korea.

De olho neste mercado, o pop brasileiro começa a beber um pouco do K-Pop. O novo girlgroup da Universal Music, KATZ, estreou neste ano com uma música assumidamente inspirada no BLACKPINK. “Efeito Dominó”, segundo o produtor DJ Batata, buscou trazer a mesma atitude, força e energia que o grupo de K-Pop.

“As meninas são muito fãs do BLACKPINK e sempre demonstraram o desejo de passar para os fãs a mesma energia que as músicas do K-Pop passam para quem escuta”, diz o produtor.

Coreografias são o que mais chamam atenção

Luísa Sonza, atualmente a segunda mulher mais ouvida do Spotify no Brasil, lançou o clipe de “TOMA” (com MC Zaac) em julho também aludindo ao K-Pop. Na coletiva de imprensa, ela admitiu a inspiração. “Estou com as coxas desse tamanho pelo tanto que eu dancei”, brincou. A coreografia certamente é uma das marcas do K-Pop.

“Com certeza a riqueza de detalhes e as formações das coreografias, que são super elaboradas, são o que mais me atraem”, o coreógrafo Flavio Verne diz ao POPline.

Flavio Verne e Pabllo Vittar (Foto: Reprodução / Instagram @flavioverne)

Ele assina coreografias de Luísa Sonza e Pabllo Vittar. Hoje em dia, Flavio diz que K-Pop é sua maior influência. ITZY, TWICE e BLACKPINK são os grupos com as coreografias que ele mais ama. “Dos coreógrafos, gosto muito do Kiel Tutin e da Lia Kim”, conta.

“Não posso falar o nome ainda, mas acho que meu próximo trabalho com a Pabllo é o que mais me inspirei no K-Pop”, adianta.

Pabllo Vittar, aliás, é outra adoradora do K-Pop. Ela já incluiu um mash-up de “Nega” e “Kill This Love” (do BLACKPINK) na setlist de alguns shows.

Influência recíproca: Brasil também influencia K-Pop

A dança talvez seja o que chame mais atenção nas apresentações de K-Pop. As músicas, embora cantadas em coreano, bebem muito do pop ocidental, por vezes sendo escritas por colaboradores americanos. No documentário “Light Up The Sky”, da Netflix, o grupo comemora o sucesso atual do K-Pop, que passou a ser entendido globalmente como parte importante da indústria pop.

Ultimamente, o K-Pop tem mostrado interesse por sonoridades brasileiras. O álbum novo do BLACKPINK traz uma cuíca em uma das músicas. Além disso, o novo girlgroup Bling Bling, da empresa coreana MAJOR9, debutou neste mês com um single com sonoridade funk.

O grupo de K-Pop Purple Kiss, da RBW Entertainment, também se aproximou do Brasil neste mês. Postou um vídeo com diversos covers, com músicas de vários países, incluindo “Downtown” da Anitta.

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