Conhecida mundialmente por ser a autora da saga “Harry Potter“, a britânica J.K. Rowling também ganhou fama nos últimos anos por conta de suas declarações consideradas transfóbicas. Embora a gente viva na “era do cancelamento”, J.K. nunca mudou sua opinião, e tampouco parou de compartilhá-las em suas redes sociais e obras literárias. Nesta semana, por exemplo, ela lançou no Reino Unido seu novo livro, “The Ink Black Heart“, que traz um personagem perseguido por transfobia. Seria apenas uma coincidência?
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Sob o pseudônimo de Robert Galbraith, a autora conta a história de Edie Ledwell, uma criadora e conteúdo e YouTuber famosa que, após publicar uma piada considerada racista e transfóbica por internautas, vê sua vida virar de cabeça para baixo ao ser ameaçada de morte por trolls online. Ao longo de 900 páginas (você não leu errado, são novecentas páginas), ela tenta evitar o pior; contudo, no final do livro ela é encontrada morta num cemitério com marcas de esfaqueamento.
Assim que os primeiros leitores e críticos especializados terminaram a história, não foi difícil traçar um paralelo com a vida real de J.K. Rowling. Muitos, inclusive, utilizaram suas próprias redes sociais para destacar as semelhanças encontradas nos capítulos com os ideais defendidos pela autora; porém até o momento, ela não se manifestou publicamente sobre estes aspectos do livro. “The Ink Black Heart” ainda não tem data de lançamento confirmada no Brasil.
Vladimir Putin defende J.K. Rowling da “cultura do cancelamento”, e ela reprova
O presidente da Rússia Vladimir Putin usou o nome da escritora J.K. Rowling para falar sobre a guerra contra a Ucrânia. Durante discurso na TV, ele disse que o ocidente gosta de “cancelar” as coisas e agora está cancelando a Rússia, assim como fez com J.K. Rowling. A autora não gostou e o rebateu.
As palavras exatas de Putin foram: “eles cancelaram J.K. Rowling recentemente, a autora de livros infantis. Seus livros são publicados em todo o mundo, mas a cancelaram só porque ela não satisfez as demandes de direitos de gênero. Eles agora tentam cancelar nosso país”. Ele se refere às críticas que a autora recebeu por declarações transfóbicas. J.K. Rowling deu diversas declarações desrespeitosas com mulheres trans.
Mas ela também não quer ser associada a Vladimir Putin. Pelo Twitter, a autora respondeu. “Críticas à cultura ocidental do ‘cancelamento’ possivelmente não são bem feitas por aqueles que atualmente matam civis pelo crime de resistência, ou que prendem e envenenam seus críticos”, twittou.