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IZA é capa da revista internacional Allure e fala sobre representatividade preta no Brasil

Essa é a primeira capa de revista internacional da cantora.

Foto: Thaís Vandanezi / Allure

Com uma carreira musical nacional impecável, IZA segue dando seus passos internacionais e aparece na capa da revista estadunidense Allure, sua primeira capa de revista gringa. Para sua entrevista, a cantora falou sobre representatividade preta no Brasil e posou para fotos estonteantes.

IZA Allure capa
Foto: Thaís Vandanezi / Allure

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Como parte da “Edição Melanina”, uma iniciativa da Allure para destacar todas as facetas das pessoas pretas e espalhar o Orgulho Preto, como descrito pela própria revista, a capa de IZA para a publicação destaca a importância da cantora no cenário cultural brasileiro.

Na entrevista, IZA relembra as tribulações que passou quando criança, por causa da cor de sua pele e, principalmente, por causa de seu cabelo.

E é o cabelo que se torna o ponto central da conversa sobre representatividade de IZA para a revista Allure.

“Quando estava crescendo, eu não via ninguém como eu na TV. Eu não me via em lugar nenhum. Eu era invisível”, explica IZA.

“Quando eu era mais jovem, tipo 12 anos de idade, eu pedi a minha mãe para alisar meu cabelo. Eu fala, ‘Por favor!’. Eu não aguentava mais na escola. Eu apenas queria me encaixar”, conta.

IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure

Essa invisibilidade também atingia IZA de uma forma mercadológica, já que por não ter representatividade na mídia, ser uma mulher preta e usar seu cabelo natural era algo bastante difícil.

“Eu não tinha as ferramentas para cuidar de meu cabelo natural. O fato é que é muito difícil criar amor-próprio quando o mercado, quando o mundo, não te dá as escovas certas”, afirmou a cantora.

Muito além de seu cabelo

IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure

Atualmente em paz com seu cabelo, esteja ele natural ou liso ou de qualquer outra forma que ela queira, IZA reafirma que ela, assim como toda mulher, em especial a mulher preta, é muito mais que seu cabelo.

“Eu não tenho que usar meu cabelo natural. Eu não tenho que alisar meu cabelo. Eu tenho que fazer o que eu quiser fazer”, afirma IZA.

“O que eu acho que é necessário é espalhar que as mulheres pretas, e as mulheres em geral, são livres para usar e serem o que quiserem. Se eu quiser usar meu cabelo natural, eu vou usá-lo natural. Se eu quiser raspar minha cabeça, vou raspar minha cabeça. E se eu quiser usá-lo liso e loiro, eu vou usá-lo liso e loiro.”

“Eu não sou o meu cabelo. Eu sou maior do que isso”, conclui IZA.

Veja mais fotos de IZA para a Allure:

IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure
IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure
IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure
IZA Allure
Foto: Thaís Vandanezi / Allure