Alerta gatilho: essa matéria contém descrição de abuso sexual.
Já faz algum tempo que o nome de Marilyn Manson vem rondando a mídia e o motivo não é bom. Diversas ex-namoradas do cantor o acusam de abuso sexual, agressões físicas, entre outros. Agora, o caso chegou a um novo patamar, depois que investigações apontam que Manson mantinha um “quarto de torturas” para mulheres dentro de sua casa.
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Uma longa reportagem da revista Rolling Stone, baseada em documentos jurídicos e novas entrevistas, indica que Brian Warner (nome verdadeiro de Marilyn Manson) aprisionava mulheres em um pequeno cômodo a prova de som dentro de sua casa, onde as vítimas eram psicologicamente torturadas. A investigação afirma que o “bad girl’s room”, quarto das meninas malvadas em português, era uma espécie de solitária.
De acordo com Ashley Walters, ex-assistente de Marilyn Manson que também o processa por abuso sexual, o cantor falou sobre o bad girl’s room em diversas oportunidades “com tom de deboche e piada”. Já Ryan Brown, outra ex-assistente de Manson, nega ter visto o quarto, mas confirma que “a existência do mesmo era de conhecimento comum”.
Outra suposta vítima de Brian Warner, Ashley Morgan Smithline, deu mais detalhes sobre o funcionamento do “quarto de torturas”: “No início, ele fazia com que soasse legal. Depois, ele parecia muito punitivo. Mesmo se eu estivesse gritando, ninguém me ouviria. Primeiro você luta, e ele gosta da luta. Aprendi a não lutar contra isso, porque isso dava a ele o que ele queria. Eu simplesmente ia para outro lugar na minha cabeça.”
TW:
I went to Marilyn Manson’s house when I was a teenager with some friends. I was a big fan. He referred to a room in his house as the “r*pe room”, I thought it was just his horrible frat boy sense of humor. I stopped being a fan.
I stand with everyone who came forward.
— traitor joe (@phoebe_bridgers) February 4, 2021
Quem também já havia falado sobre o bad girl’s room de Marilyn Manson foi a cantora Phoebe Brigders (acima). Através de sua conta pessoal no Twitter, em fevereiro desse ano, ela disse:
“Eu fui na casa de Marilyn Manson quando era adolescente com alguns amigos. Eu era uma grande fã. Ele se referiu a um cômodo em sua casa como ‘rape room’ (quarto do estupro). Eu pensei que se tratava apenas de seu terrível senso de humor de garoto de fraternidade. Parei de ser fã. Apoio a todas que se manifestaram.”
A reportagem da Rolling Stone ainda afirma que o apartamento de Marilyn Manson era como um “refrigerador negro”. Ele era frio e decorado com cortinas pretas, suásticas, sangue e fotos pornogáficas nas paredes.