O rapper baiano Hiran lançou, nesta segunda-feira (06), o segundo disco de sua carreira: “Galinheiro”. O projeto chega ao mercado poucos dias depois do lançamento do single e clipe homônimo, disponível nas plataformas digitais e no canal do Youtube do cantor, respectivamente.
Hiran explica que o segundo disco nasceu a partir de experiências pessoais vividas em 2019, ano que considerou como emocionalmente desgovernado, mas que o inspirou artisticamente.
“Eu estava vivendo em um ambiente de caos emocional e lutava por migalhas dentro de um contexto que eu mesmo não acreditava”, diz o baiano natural de Alagoinhas, que fica a pouco mais de 120 quilômetros da capital, Salvador.
Diante da situação, ele resolveu dar uma resposta com o seu trabalho, produzindo, criando e ganhando com isso.
“É uma resposta à loucura que 2019 foi pra mim, onde realizei sonhos e, ao mesmo tempo, estive tão mal por dentro no que se diz respeito ao amor, e também à realidade que me vejo inserido, sendo corpo preto e LGBTQI+, numa conjuntura política deprimente”, justifica.
Mas mesmo em meio a esse contexto caótico, o artista encontrou espaço para o amor. “Posso afirmar que “Galinheiro” é um disco de amor no meio desse caos”, acrescenta Hiran.
O clipe de “Galinheiro” foi feito durante quarentena e tem participação de vários artistas como Preta Gil, Marcio Vitor, Duda Beat, Dicerqueira e Majur.
Assista!
“Galinheiro” tem participações especiais
“Galinheiro” tem produção musical de Tiago Simões (Cremenow Studio) e Mateus Gonçalves (alohamath).
O disco conta com nove faixas e traz alguns feats especiais, como a parceria com Tom Veloso na música “Gosto de Quero Mais”, que tem previsão de lançamento do clipe para o dia 09 de julho.
Além de Tom, Hiran contou participações de Majur, Illy, Dicerqueira, Nininha Problemática, Ed Oladelê e Astralplane.
Ouça!
Hiran traz um novo ar para o rap queer
Um dos novos nomes do rap nacional, Hiran é baiano, de Alagoinhas, tem 25 anos e desde 2017 vem marcando forte presença em palcos baianos, paulistas e cariocas.
Abertamente gay, ele traz novas posturas para o tópico. Em seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Tem Mana No Rap”, ele apresentou a sua visão sobre os problemas que envolvem o contexto político do país.
Sua música mistura os toques, beats, suingues, métricas e flows que passeiam entre o “grimme” londrino, o funk carioca, o r&b norte-americano, além da vasta gama de possibilidades musicais residentes em Salvador.
Hiran vem construindo sua carreira aos olhos de grandes artistas como Caetano Veloso, e ao lado de Teresa Cristina, Majur e Banda Dônica.
O rapper tem trazido à agenda da música independente brasileira uma nova integração de realidades e influências, buscando um novo ar pro hip hop da Bahia e pro rap queer.
Seu último sucesso, “Lágrima”, lançado em agosto de 2019, contou com a participação de Gloria Groove, Baco Exu do Blues e Àttooxxá.