A Academia Latina da Gravação anunciou nesta quinta-feira (25) que Rosario Flores, Myriam Hernández, Rita Lee, Amanda Miguel e Yordano receberão o Prêmio à Excelência Musical deste ano, como parte de sua Apresentação Anual de Prêmios Especiais. Além disso, Manolo Díaz, Paquito D’Rivera e Abraham Laboriel receberão o Prêmio da Junta Diretiva.
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Os contemplados com os prêmios serão homenageados em um evento privado na quarta-feira, 16 de novembro, no Mandalay Bay Convention Center. A Semana do Grammy Latino culminará com a 23.a Entrega Anual do Grammy Latino, que será transmitida ao vivo pela Univision, na quinta-feira, 17 de novembro, a partir das 20h (hora da costa leste dos EUA).
“As realizações coletivas deste extraordinário grupo de artistas e suas contribuições à música latina são imensuráveis. Será um grande privilégio honrar estas figuras lendárias durante a Semana do Grammy Latino em Las Vegas”, disse Manuel Abud, CEO da A Academia Latina da Gravação.
Grammy Latino: O Prêmio à Excelência Musical
O Prêmio à Excelência Musical é concedido aos intérpretes que fizeram contribuições criativas de excepcional significado artístico para a música latina e suas comunidades. O Prêmio da Junta Diretiva é concedido a indivíduos que tenham feito contribuições significativas à música latina durante suas carreiras de outras formas além de performances. Ambas as distinções são votadas pelo Conselho de Diretores da A Academia Latina da Gravação.
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Grammy Latino: Contemplados com o Prêmio à Excelência Musical
Rosario Flores (Espanha)
Nascida em Madri em uma das famílias musicais mais icônicas da Espanha, ela começou a gravar música ainda jovem e contou com a tutela de seu irmão mais velho, o cantor/compositor Antonio Flores, em álbuns como “Siento”, de 1994. Um ano após seu trágico falecimento, o coração de Rosário se abriu em uma bela homenagem à memória do irmão: “Qué Bonito”, tornou-se um de seus maiores sucessos. Em 2002, um papel na obra-prima de Pedro Almodóvar, “Fale com Ela”, mostrou sua versatilidade como artista, que também brilha em seu álbum mais recente, de 2021, o luxuoso “Te Lo Digo Todo Y No Te Digo Na”.
Myriam Hernández (Chile)
A chilena Myriam Hernández começou a carreira no final dos anos 80 e deixou uma marca profunda na música romântica contemporânea. Após o sucesso de “El Hombre Que Yo Amo”, de seu álbum “Dos”, de 1990, “la baladista de América” — como é carinhosamente conhecida — tem criado sucesso após sucesso graças a seu estilo “amyrianado”, justaposição de seu humor às vezes delicado, às vezes negro, com a inerente paixão de sua entrega a tudo o que faz. Hernández colaborou com todos os grandes, desde Gilberto Santa Rosa, Marco Antonio Solís e Cristian Castro até Paul Anka, além de se estabelecer como uma respeitada personalidade da televisão.
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Rita Lee (Brasil)
Rita Lee é uma das cantoras e compositoras mais bem-sucedidas comercialmente na história do Brasil. Uma artista visionária cuja identidade sônica singular funde balada pop, MPB, bossa e new wave. Ela começou sua carreira com a banda Os Mutantes e gravou álbuns com a banda Tutti Frutti, incluindo o álbum “Fruto Proibido”, de 1975. Em 1979, ela lançou a lendária LP “Rita Lee”, em parceria com seu marido, o multi-instrumentista Roberto de Carvalho. Suas colaborações continuaram durante os anos 1980 com uma longa série de sucessos de rádio e shows esgotados. Nas últimas décadas, ela começou a sair de sua zona de conforto com gravações acústicas como “Aqui, Ali, em Qualquer Lugar”, uma coleção de canções ao vivo baseada em conhecidas músicas dos Beatles.
Amanda Miguel (Argentina)
Amanda Miguel estudou música em Buenos Aires, onde conheceu o cantor/compositor Diego Verdaguer, seu futuro marido e parceiro criativo. Com Verdaguer como produtor, a argentina lançou uma trilogia visionária de álbuns conceituais conhecidos como “El Sonido”, entre 1981 e 1984. Gravados em Los Angeles com músicos de primeira linha, os álbuns tocaram a fundo os amantes das baladas tórridas, gerando sucessos impressionantes como “Así No Te Amará Jamás”. Em 1992 lançou “Rompecorazones”, uma sofisticada excursão ao território de música ranchera, seguida, quatro anos depois, pelo sucesso pop “Ámame Una Vez Más”. Em uma carreira que se estende por mais de quatro décadas, sua paixão pela música continua com sua turnê “Siempre Te Amaré”, em 2022, com sua filha Ana Victoria.
Yordano (Venezuela)
Yordano, o cantor/compositor venezuelano nascido na Itália, infundiu a música latina com sua visão poética através de um cancioneiro delicado, sempre em evolução, de pop cosmopolita, idiomas tropicais e baladas românticas. Depois de se formar em arquitetura, começou sua carreira musical em 1978 como vocalista da banda Sietecuero. Seu segundo álbum solo, “Yordano”, de 1984, e a canção “Manantial de Corazón”, o tornou uma sensação internacional. Os LPs subsequentes ostentavam hits de rádio memoráveis, tais como “Locos de Amor”, em 1988, e a canção de comentário social “Por Estas Calles”, quatro anos mais tarde. Em 2016, ele revisitou seu catálogo com “El Tren de los Regresos”, apresentando convidados especiais como Carlos Vives, Kany García e outros artistas.
Grammy Latino: Contemplados com o Prêmio da Junta Diretiva
Manolo Díaz (Espanha)
Depois de uma carreira de décadas na indústria da música, Manolo Díaz usou toda sua experiência como cantor, compositor e executivo de gravadoras socialmente consciente em seu papel de vice-presidente sênior e agora membro da Junta Diretiva da Fundação Cultural Grammy Latino, onde trabalhou por mais de sete anos. Ele foi um participante ativo na onda dos anos 1960 do rock espanhol em seu país natal como guitarrista com o grupo Los Sonor e, mais tarde, como compositor e produtor de sucessos para “Los Bravos” e “Aguaviva”. Nos anos 1970, Díaz transitou para uma carreira respeitada como executivo musical na CBS, Sony, IFPI e UMG, trabalhando em estreita colaboração com personalidades como Julio e Enrique Iglesias, Raffaella Carrá, Juanes, Carlos Vives, entre outros.
Paquito D’Rivera (Cuba)
O ganhador de nove Grammy Latino e cinco Grammys, o saxofonista e compositor cubano Paquito D’Rivera enriqueceu a paisagem da música latina contemporânea com seu senso de humor e seu panachê artístico. Ele foi membro fundador do supergrupo progressivo cubano nos anos 1970. Após uma mudança para os Estados Unidos, em 1980, ele criou a Orquestra das Nações Unidas com o lendário Dizzy Gillespie, fazendo a ponte entre os estilos afro-caribenhos e o jazz. Como solista, D’Rivera tem se apresentado com orquestras sinfônicas em todo o mundo, defendendo a inclusão de compositores latino-americanos no repertório clássico.
Abraham Laboriel (México)
Nascido na Cidade do México, Abraham Laboriel aprendeu a tocar violão com seu pai antes de começar a tocar baixo. Foi o compositor Henry Mancini quem aconselhou Laboriel a mudar-se para Los Angeles em busca de trabalho de sessão. Após uma turnê internacional com o cantor Al Jarreau, ele cimentou sua reputação como um instrumentista tecnicamente superior que poderia facilmente se adaptar a qualquer estilo. Muito admirado na comunidade do jazz, ele trabalhou com grandes nomes como Ella Fitzgerald e Herbie Hancock, também se tornou o baixista escolhido pelas estrelas latinas, incluindo Julio Iglesias, Rubén Blades e José José.