Estreia na noite deste sábado (16), após o “Altas Horas”, uma série especial da TV Globo que apresentará a escolha do samba-enredo das 12 agremiações do Grupo Especial para o Carnaval do Rio de Janeiro em 2022! Este é um dos momentos mais importantes do ano para as escolas de samba, quando os representantes das comunidades elegem o hino que vai embalar a escola na Avenida!
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A escolha, que antes da pandemia acontecia nas quadras das escolas, chegará esse ano a todo o país. Isso porque a Globo transmite para todo o Brasil a escolha dos sambas do Grupo Especial do Carnaval Carioca no programa “Seleção do Samba“, uma parceria com a Liesa.
A cada semana, três escolas apresentam seu trio de sambas finalistas e o vencedor é escolhido por jurados selecionados por cada agremiação, como manda a tradição. No dia 13 de novembro, vai ao ar a festa completa, com a reapresentação dos 12 sambas oficiais do carnaval carioca.
“Com o programa, vamos desfrutar de um momento sagrado para o carnaval. Agora, o mundo do samba divide esse momento com todo o Brasil. Esperamos que o país inteiro mergulhe desde já nessa história de emoção”, explica Luis Roberto, que apresenta o programa ao lado de Milton Cunha e Teresa Cristina.
Os sambas que embalam os desfiles traduzem musicalmente a temática abordada pela escola. Mas qual a diferença entre enredo e samba-enredo?
De acordo com Milton Cunha, “a primeira coisa que a escola de samba faz é decidir o tema do seu carnaval. Então o carnavalesco escreve o texto-mestre, que é o enredo”. Depois, “tem a explanação para os compositores, que transformam isso em versos. Com a transmissão da TV Globo, mais pessoas poderão acompanhar e conhecer esse momento. Essa vitrine para todo país será esclarecedora. Um momento que é tenso, decisivo, mas também é uma grande homenagem aos compositores, aos poetas das comunidades, às pessoas que transformam o texto em melodia e verso”.
Milton tem a seu lado a cantora Teresa Cristina, apaixonada pelo universo do samba. Juntos, eles comentam os versos que chamam mais a sua atenção entre os finalistas, mas a decisão cabe aos jurados apontados pelas escolas. E a comunidade participa desse momento, representada no júri, na bateria e no palco por mestre sala, porta-bandeira, rainha de bateria, algumas passistas e baianas.
“A gente ainda não tem a noção exata da nossa saudade do Carnaval, mas tivemos uma amostra. Quando entrou a bateria da primeira escola, eu já me emocionei. É disso que eu gosto. Fiquei emocionada em ver no estúdio as pessoas que a gente costuma ver na Marquês de Sapucaí”, conta Teresa Cristina.
E ela destaca ainda o que mais gostou na escolha do samba desse ano, diferente dos carnavais anteriores: “Os três sambas finalistas são cantados pela mesma pessoa. Gostei de ouvir os três sambas na mesma voz, ficaram em pé de igualdade”, conclui a sambista.
No programa de estreia, as primeiras escolas a escolherem seus sambas são Mocidade Independente de Padre Miguel, que exalta o orixá Oxóssi, a São Clemente, que vai homenagear o ator Paulo Gustavo, e a Estação Primeira de Mangueira, que presta homenagem a Cartola, Jamelão e Mestre Delegado, três dos maiores ícones da sua história.