Ele fala mesmo! Gene Simmons voltou a causar polêmica com algumas declarações sobre a importância do Rock nos dias atuais e, para ele, o estilo realmente está morto. O baixista da clássica banda Kiss, que encerrou as atividades após 50 anos chega ao Brasil no dia 28 de abril para se apresentar com seu projeto no festival Summer Breeze, em São Paulo.
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Em entrevista ao G1, Simmons comentou seu posicionamento em relação ao Rock – o mesmo desde 2022. Ele deu uma longa explicação:
“O rock morreu quando os fãs pararam de pagar pela música. Quando você faz download de graça, está matando a música que ama. Não existem leis que protejam os músicos.
O salário mínimo obriga chefes a pagar certa quantia por cada hora de trabalho. Mas não existe uma lei como essa para uma banda de rock, um pintor, ou escritor. Daí, as pessoas podem baixar arquivos e compartilhá-los gratuitamente. Tudo porque não existem leis que impeçam isso. Esse é o problema.
Se você deseja fundar uma banda, escrever músicas, tocar em shows, ou fazer tudo isso, terá que largar seu emprego. Mas, caso não ganhe dinheiro suficiente com a carreira musical, não poderá largar seu emprego. E se você estiver trabalhando com ambos simultaneamente, não conseguirá dedicar tempo o suficiente para sua arte.
É por isso que o rock morreu. Hoje em dia, música não vale nada. Os fãs não estão mais pagando por músicas.”
Para fortalecer sua opinião, ao ser questionado se isso também não afetava artistas de outro gênero, o baixista do Kiss citou ainda como exemplos fanbases de Divas Pop e outros estilos musicais.
“Com exceção de Taylor Swift, Ariana Grande, algumas bandas de rap e country. Porque seus fãs ainda pagam pela música. Os fãs de Rock não. O Rock está morto.
É muito triste porque existem vários artistas novos talentosos por aí. Mas eles nunca terão a chance que tivemos. Não pode haver outro AC/DC ou Metallica porque as novas bandas não conseguem ganhar dinheiro suficiente para estar numa banda.”
Gene Simmons ainda compartilhou sua opinião sobre a facilidade que as redes sociais proporcionam em relação a autopromoção profissional e divulgação artística. Ele discorda.
“Há 100 milhões de músicos, escritores e artistas fazendo [a divulgação do próprio trabalho] ao mesmo tempo. Você nem consegue ver.
Qualquer um que tenha violão, teclado, ou guitarra elétrica, vai às redes sociais. E quando há milhões de pessoas tocando milhões de músicas novas toda a semana, não há autopromoção. Não dá para assistir a tudo isso. Não dá para ouvir tudo isso. É muita coisa.”