A Laboratório Fantasma, chega ao seu 15º ano de funcionamento e é natural que, em marcos simbólicos como este, os seus líderes revisitem todo o caminho percorrido para poderem desenhar o que será do futuro e do seu planejamento estratégico. Foi esse exercício que levou Evandro Fióti e Emicida, fundadores da companhia afroempreendedora, a pensarem em uma reestruturação da empresa que visa trazer inovação e pioneirismo para o mercado.
A primeira medida para essa nova etapa foi a contratação de duas mulheres para os cargos de liderança da companhia: Karen Cavalcanti, que retorna à empresa como diretora de operações e marketing, após uma passagem bem-sucedida pela Som Livre; e Claudia Gonçalves, como assessora executiva na diretoria, por meio do objetivo de fortalecer a gestão e governança corporativa da LAB.
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Toda atuação da Laboratório Fantasma até aqui evidenciou a importância e o valor da cultura hip hop. Esse é um dos valores inegociáveis da produtora, que promete levar isso adiante, mas de forma exponencial.
“Nós estamos vivendo diversas transformações na sociedade e no mercado, e passando por um cenário com desafios novos que demandam reinvenção, similar ao momento em que a LAB foi criada. Ali, o pioneirismo e a inovação foram fundamentais para que a gente se destacasse e criasse formatos que viriam a servir de modelo para toda indústria e economia criativa da música, moda e entretenimento”, comenta Evandro Fióti.
“Hoje, contudo, entendo que o cenário empreendedor para economia criativa da música está em outro momento, com novos paradigmas e desafios. Temos ambição de dar novos passos sólidos de estratégia, governança, gestão e inovação, contribuindo para que o mercado avance ainda mais, valorizando a criatividade negra e empreendedora a partir também da ampliação da pluralidade e diversidade, sobretudo feminina na liderança das estratégias de negócios da empresa”, completa.
Sendo uma das poucas empresas do meio composta majoritariamente por pessoas negras, na prática, a cultura organizacional da empresa vem inspirando mudanças concretas no mercado. Hoje a equipe é formada por mais de 54% de pessoas que se autodeclaram negras e pardas. Já nos cargos de liderança, mais de 44% das posições são ocupadas por mulheres, número acima da média do segmento.
Quando Evandro Fióti volta o olhar para inovação no ano de 2024, é com base no entendimento do mercado que ele ajudou a transformar nos últimos 15 anos.
“O setor carece de iniciativas e organizações que pensem o futuro da indústria fonográfica e do entretenimento, que ainda são pautados em velhos modelos. Eu acredito que a cosmovisão que nós propomos tem potência para trazer inovação aliando pluralidade, diversidade, tecnologia, gestão e governança”, afirma.
De acordo com a companhia, a chegada de Karen Cavalcanti e Claudia Gonçalves são essenciais para a construção do plano estratégico da Laboratório Fantasma. Karen Cavalcanti já teve uma passagem pela LAB e, agora, retorna como diretora de operações e marketing, com a missão de agilizar os processos internos e dividir com Evandro Fióti a gestão dos times e as tomadas de decisões.
“Eu sempre admirei o trabalho da LAB pela ousadia e inovação que imprime em seus negócios, quebrando barreiras, trazendo questionamentos e, acima de tudo, abrindo caminho para toda uma cena. A música independente se tornou uma potência que desafia o mercado a se reinventar e criar modelos que atendam de forma mais eficiente às necessidades que não existiam. Somar novamente ao lado da LAB nesse desafio de olhar para o futuro, buscando inovação para todos, me motiva muito pessoal e profissionalmente”, afirma Karen Cavalcanti.
A Laboratório Fantasma nasceu com o propósito de mostrar que é possível transformar e gerar impacto positivo na sociedade por meio da música. Fundada em 2009 pelos irmãos Evandro Fióti e Emicida, a empresa foi responsável por muitas revoluções com sua atuação ativa e inovadora em um mercado que ainda orbita o lugar comum. A música sempre foi o fio condutor para que a LAB, como é chamada carinhosamente, transformasse o meio, mas as plataformas utilizadas para isso foram as mais diversas possíveis: indo das passarelas da SPFW aos videogames, das plataformas de streaming (seja ela de música ou audiovisual) ao seu habitat natural, que é o palco.
Este último, inclusive, rendeu dois resultados de peso à empresa recentemente. Em setembro, Rael — um dos artistas gerenciados pela LAB — se apresentou no Rock in Rio junto de Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rincon Sapiência e Xamã. A performance, intitulada “Pra Sempre RAP”, teve destaque e rendeu mais de 1 milhão de visualizações nos conteúdos de redes sociais do artista. Já outro ponto em evidência fica por conta da direção do espetáculo de Evandro Fióti no primeiro show autoral da cantora e compositora carioca Liza Lou, que subiu ao palco do COKE STUDIO, no mesmo festival.
Depois do sucesso da turnê “AmarElo – A Gira Final”, de Emicida, no primeiro semestre de 2024, que reuniu mais de 100 mil pessoas ao longo dos 15 shows e impactou diretamente mais de 5 milhões de pessoas; a companhia segue com atuação forte no show business, além de gerenciar a carreira de artistas como Rael, Drik Barbosa, Dona Jacira, Emicida e Fióti, atuando como uma plataforma de conteúdo deixando a sua marca na música, na moda, no audiovisual, na literatura, na sociedade e em todo projeto a qual se dedica.