Com dois álbuns de estúdio, ‘Sinto Muito’ (2018) e ‘Te Amo Lá Fora’ (2021), Duda Beat anunciou recentemente dois novos momentos da sua carreira: a assinatura de contrato com a Universal Music, no dia 21 de novembro deste ano, e o lançamento do single ‘Saudade de Você’, disponibilizado nos serviços de streaming, no dia seguinte, em 22 de novembro.
Desde o lançamento do primeiro trabalho, Duda Beat tem trazido para o público as suas canções de forma independente.
“Eu acho que o independente me deu um ‘know-how’ muito importante de entender como o mercado funciona, de entender qual é o meu valor no mercado. Eu acho que se eu fosse dar um conselho para qualquer artista que está começando é para começar no independente, porque é muito importante você saber tudo da sua carreira, quanto vale o seu trabalho, entender todos os detalhes”, aconselha a cantora.
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Em entrevista para o POPline.Biz é Mundo da Música, a artista diz que chegou em um momento da carreira que sentiu que estava precisando do apoio de uma major.
“As minhas expectativas estão altas. A galera da Universal [Music] me recebeu de braços abertos. Confesso que de todas as gravadoras a que eu mais queria era a Universal, queria muito entrar lá. Que bom que deu tudo certo, chegamos em um acordo legal para as suas partes e é isso”.
Com uma vontade de testar, mudar e ver o que acontece, nesta nova fase da sua carreira, Duda espera que mais pessoas possam ouvir o seu trabalho.
Para o novo projeto, a cantora revela que fez mais músicas do que tem dentro do álbum.
“No final das contas eu fiz quase dois álbuns, eu tive que gravar as coisas, porque a gente tentou fazer uma mescla que funcionaria e eu acabei fazendo mais. Acredito que em algum momento eu vá lançar essas canções. As que não saíram, um dia eu vou lançar, quem sabe um dia eu não faço um deluxe…”
Faixas mais extensas sempre estiveram presentes no repertório de Duda Beat. Com 3’55’’, ‘Saudade de Você’, canção lançada em 22 de novembro deste ano, marca a nova fase da carreira da cantora.
“Eu acho que vou dar uma pegada na frase de Adele: ‘se eu não for fazer música para minha geração (eu tenho mais de 30 anos), quem vai fazer?’ Eu acredito muito na força da canção, essa merecia uma vestimenta de quase 4 minutos, ela é de pista, é para dançar.”
Essa música foi uma das primeiras músicas dessa nova fase. Inclusive, Duda conta que fez três canções no início do ano passado e essa era uma delas.
“Desde ‘Sinto Muito’ eu estava com vontade de fazer um miami bass, tanto é que ‘Pro Mundo Ouvir’ era um miami bass, isso pouca gente sabe, e acabou que ela virou uma outra coisa. É uma sonoridade que eu gosto de ouvir e eu ouvi muito ali nos anos 90/2000, e veio assim para mim, quando escrevi a canção, eu decidi que queria dançar a canção de uma forma gostosa e boa. É uma sonoridade que curto e lembra muito a minha adolescência”.
Para o novo álbum, Duda convidou duas pessoas para fazer participações. A artista antecipa que uma delas já a respondeu e está dentro, no entanto, a outra ainda não deu respostas, mas a artista confessa que está esperançosa.
Assim como nos últimos dois álbuns, a parceria com Lux e Tomás Tróia continua nesta nova fase.
“Eles são meus parceiros de vida, meus melhores amigos e o Tróia é o meu companheiro. Eles são pessoas que eu não tenho vergonha nenhuma de mostrar uma ideia e eu acho que isso no processo de composição é muito importante, quando você tem uma liberdade total mesmo que você ache uma bobeira. A nossa parceria já dura esses discos todos e, para mim, vai durar para sempre, porque a gente tem uma dose de loucura num lugar muito específico e ao mesmo tempo a gente se complementa muito”.
Toda a produção do álbum foi feita no Brasil. Duda conta que foram feitas imersões em uma praia no Rio de Janeiro e na serra fluminense para que as composições fossem feitas. Depois, o trio ficou trabalhando as canções e produzindo em casa.
“A gente fez umas imersões para fazer as composições, uma vez a gente foi para praia, outra vez para o campo. Também é super importante para a criatividade em si, contemplar, o ócio criativo, nesse mundo tão agitado e rápido a gente perde um pouco disso. É muito especial esses encontros”.
Em termos visuais, a nova era de Duda foi traçada para ter o ponta pé inicial com a estética em preto e branco. Segundo a artista, por ser uma nova fase, a ausência de cores é para representar um reset, depois o colorido começa a aparecer e as coisas vão se construindo.
Após duas fases lúdicas com os álbuns ‘Te Amo Lá Fora’ (2021) e ‘Sinto Muito’ (2018), a artista diz que o momento mais voltado para a realidade e, também, é mais objetivo.
Para divulgação tanto dos singles quanto do futuro álbum, Duda explica que a sua equipe pensa nos conteúdos para as plataformas digitais em um formato 360º, mapeando as frentes para as redes sociais e serviços de streaming.
Por fim, fazendo uma retrospectiva da sua carreira, Duda começa pontuando que ‘nada acontece por acaso e que tudo que acontece é para a gente aprender uma lição de alguma forma’.
“Eu sinto que esse último ano foi um ano de muita resiliência, aprendizado, esperar as coisas acontecerem e falar: ‘Ok! Vai dar certo!’. É um ano de transição para mim e está tudo bem. Cada vez mais estou sendo eu e sendo positiva com a minha arte”.
Ela ainda brinca que se pudesse fazer um pedido para o universo, escolheria ter criatividade infinita, porque essa é a matéria-prima do seu trabalho.
“Cheguei onde estou pela minha música e eu nunca posso esquecer disso. Para mim, ter muita criatividade infinita, estar sempre atenta às coisas, tratar todo mundo com amor e carinho, essa é a minha estrada, e é o que vislumbro para mim cada vez mais”, finaliza.
Para o próximo ano, Duda diz que o público pode esperar uma fase tecnológica e, mais para frente, uma nova turnê, com shows pensados com muito carinho.