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‘Eles são uma das razões pelas quais eu faço música’, diz The Weeknd sobre a influência de Daft Punk

Foto: Christopher Polk/Getty Images

Enquanto a Indústria Musical ainda assimila o término do Daft Punk anunciado na última segunda-feira (22) e diante de um legado inquestionável da dupla, importante reconhecer o quanto eles influenciam nas músicas que escutamos atualmente. The Weeknd, um dos principais artistas na atualidade, não poupa seus elogios aos artistas com quem trabalhou, que vão de Ariana Grande e Lana Del Rey à Travis Scott, SZA e inclusive, Daft Punk.

Quando questionado pela Variety sobre Daft Punk – com quem colaborou em duas canções em 2016 para seu álbum “Starboy” – que são a canção que leva o mesmo nome do álbum e “I Feel It Coming” – durante entrevista para sua matéria de capa da revista no ano passado, sua voz assumiu tons de admiração.

“Oh meu Deus – isso é diferente”, disse ele. “Esses caras são uma das razões pelas quais eu faço música, então não posso nem compará-los com outras pessoas. Sua marca e o quão seriamente eles levam sua arte e imagem e tudo mais – eles quase nem são reais “, ele riu, pegando a ironia dessa afirmação à luz do conceito de longa data da dupla sobre serem robôs. “Mas, falando sério, eles são muito estratégicos, são muito inteligentes e não se prendem a nada que acham que não é certo”, afirma.

A dupla pioneira de música eletrônica – Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo – se conheceram na adolescência em Paris e formaram o Daft Punk em 1993. Intencionalmente enigmático, a dupla tem sido uma força pioneira na dance music desde meados da década de 1990, a maioria notavelmente por meio de seu álbum de estreia “Homework”, sua emocionante turnê de 2006-7 (imortalizada no álbum “Alive 2007”) e seu álbum de 2013 “Random Access Memories”, que gerou o single de sucesso “Get Lucky” (nº 2 no Billboard Hot 100) e ganhou o Grammy de Álbum do Ano em 2014.

“Trabalhar com Daft Punk foi como… ‘O que vocês quiserem!’”, The Weeknd relembrou com uma risada ao site. “Eu só queria entrar no estúdio com eles – nem me importava se fazíamos música, só queria ser amigos. Eu conheci Guy-Man primeiro, em festas em Los Angeles, e na verdade eu festejei mais com ele do que trabalhava com ele. Ele me diria, com música alta tocando durante as bebidas, o quanto ele gostava do meu trabalho”

“E nós fomos para o estúdio em Paris e tocamos essas duas músicas -‘ Starboy ’e‘ I Feel It Coming’- no espaço de quatro dias. ‘Starboy’ foi a primeira música americana número 1 deles, e ‘I Feel It Coming’ está lá como uma das minhas favoritas, com certeza. É uma daquelas músicas que é tipo, eu não posso acreditar que fiz isso, é tão quente! ”, revela. E o público concordou com a sua percepção: “Starboy” alcançou o primeiro lugar no Billboard Hot 100 e “I Feel It Coming” atingiu o segundo lugar, além de acumular milhões de plays nas plataformas.

10 hits para entender o legado do Daft Punk

O Daft Punk manteve a coerência até o fim e sustentou o mistério fascinante que sempre fez parte da carreira do duo parisiense formado em 1993. Não há quem não tenha dançado uma de suas músicas nestes últimos 28 anos. E o mais intrigante é que eles alcançaram o sucesso sem dar entrevistas e até mesmo sem revelar suas verdadeiras identidades.

Foram apenas quatro discos de estúdio: Homework (1997) colocou a cena house francesa na crista da onda e ajudou a massificar um tipo de som que até então ainda era de “nicho”. Discovery (2001) e seus clipes inspirados em animes viraram sensação e tocavam em alta rotação na MTV. Quatro anos depois foi a vez de Human After All, que talvez tenha sido o trabalho de menor repercussão.

Para compreender melhor o legado que Daft Punk deixa para a indústria musical, acesse aqui.

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