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Ed Sheeran deve ser julgado por acusação de ter copiado música de Marvin Gaye

Foto: Getty Images (Uso autorizado ao POPline)

Ed Sheeran deve responder, em um julgamento com júri, por supostamente ter roubado elementos de “Let’s Get it On“, de Marvin Gaye, para compor o seu megahit “Thinking Out Loud“. A defesa do cantor britânico argumentou que a ação – movida por uma entidade que possui uma parcela dos direitos sob a música de 1973 – era inválida pois a combinação de elementos simples que Ed alegadamente copiou não era única o suficiente para ser coberta por direitos autorais em primeiro lugar. O argumento não funcionou.

Foto: Divulgação

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Segundo a Billboard, em uma decisão nesta quinta-feira (29), o juiz Louis Stanton declarou que não há uma regra clara para decidir tais questões e que Sheeran precisará apresentar seus argumentos perante um júri de seus pares. Sendo assim, um julgamento sobre a canção deve acontecer em Manhattan no futuro, mas uma data ainda não foi definida.

Ed recentemente derrotou um processo parecido no Reino Unido. Os autores de tal ação alegavam que ele havia roubado elementos para o seu hit de 2017, “Shape of You“. Quando o caso chegou ao fim, ele declarou que “processos judiciais não são uma experiência agravável” e que esperava evitar reclamações “infundadas” no futuro (via Billboard).

Ed Sheeran
Ed Sheeran. Foto: Reprodução de Vídeo

O processo

Os rumores sobre uma suposta cópia em “Thinking Out Loud” ganhou força quando o próprio músico alternou entre a canção e “Let’s Get It On” durante um show no final de 2014. Após a abertura do processo de direitos autorais, em 2018, os advogados de Sheeran argumentaram que os elementos que ele supostamente tirou da faixa de Gaye eram “muito comuns” para serem propriedade exclusiva de qualquer compositor.

Os autores do processo concordam que os elementos são “comuns e indefensáveis”, mas dizem que quando foram combinados na canção de Mavin, se tornaram algo “mais original e digno de proteção de direitos autorais”.

Para o juiz responsável pelo caso, apenas um jurí poderá decidir qual o argumento correto em relação aos direitos autorais da canção.

“Não existe uma regra clara de que a combinação de dois elementos desprotegidos seja insuficientemente numerosa para constituir uma obra original”, escreveu o juiz.

De acordo com a Billboard, a proteção de direitos autorais concedida a essas músicas é “muito fraca”, mas a corte pode descobrir que a canção de Sheeran estava “próxima o suficiente” de “Let’s Get it On” a ponto de infringir a lei.