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Dave Grohl confessa que teve medo de escrever sobre a morte de Kurt Cobain

Capa do livro The Storyteller / Foto: Divulgação

Dave Grohl confessou em entrevista sobre o seu livro The Storyteller que que teve medo de escrever sobre morte de Kurt Cobain. No álbum lançado no início do mês, Dave disse que revelou coisas no livro que nunca havia contado até a amigos próximos.

“Eu estava com medo de escrever. Uma coisa é escrever sobre levar pontos quando você tem 12 anos ou sobre levar seus filhos ao baile. Outra coisa é escrever sobre algo que você mal falou com pessoas próximas a você. Quer dizer, eu revelei algumas coisas nessa história que nunca contei aos meus amigos mais próximos. Fiquei com medo de escrevê-la”, disse em entrevista ao programa “Amanpour And Company”, do canal americano PBS.

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“Em primeiro lugar, eu sabia o que as pessoas queriam que eu escrevesse. Acho que as pessoas têm muitas perguntas sem resposta – assim como eu. Portanto, decidi escrever em um sentido emocional muito mais amplo – o processo de perda ou luto e luto, e como isso é determinado e como difere de pessoa para pessoa. Sim, foi difícil de escrever”, disse ainda.

The Storyteller – Tales Of Life And Music saiu no dia 5 de outubro e esteve no topo da lista dos livros mais vendidos do New York Times. “Nunca em meus sonhos mais loucos imaginei que seria um dia um autor de bestselling“, agradeceu o artista nas redes sociais.

Como Dave Grohl superou a morte de Kurt Cobain?

Nirvana em 1990 / Foto: Getty Images/Martyn Goodacre (uso autorizado POPline)

Dave Grohl só teve uma alternativa: “fazer tudo de novo” após a morte de Kurt Cobain. Após passar a questionar a própria identidade e ações depois da perda do amigo, coube ao baterista se reinventar. Mas não sem antes passar por uma experiência salvadora.

“Depois que Kurt morreu, eu realmente não conseguia sequer ligar o rádio e deixei os instrumentos de lado. Ouvir música doía”, disse Grohl à BBC Radio 4 em uma entrevista recente. “E foi assim por alguns meses. Eu ainda estava em Seattle e sentia: ‘Tenho que sair’. [Tinha que] ir a algum lugar onde pudesse simplesmente desaparecer, organizar minha vida e tentar descobrir o que fazer na sequência”. Grohl decidiu explorar a rota turística de 180 quilômetros do Anel de Kerry, no sudoeste da Irlanda.

“Eu estava serpenteando  por essas estradas rurais – tão bonitas – e estava encontrando alguma paz. Na busca por uma carona, encontrei uma pessoa e vi que ele tinha uma camiseta do Kurt. E para mim isso significava: ‘Você não pode fugir da sua história. Então é hora de virar a página e encontrar algum tipo de continuação’. Então, voltei para Seattle e imediatamente comecei a gravar as primeiras músicas do Foo Fighters”, conta Grohl.

Na verdade, Grohl já escrevia algumas músicas em seus tempos com o Nirvana. Kurt o incentivou após ouvir algumas demos básicas. “O que acontece é que quando voltei para Seattle, eu ainda não sabia para que aquelas músicas serviriam. Eu não estava em uma banda e estava gravando coisas caseiras sozinho, com a intenção de apenas dar fitas cassete para meus amigos. Mas eu tive que fazer isso para sobreviver, para seguir com a vida. E estou feliz por ter feito isso”, finaliza Grohl.

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