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“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” entra para Top 10 da Netflix

“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” é o único filme brasileiro no Top 10 dos mais vistos da plataforma.

(Foto: Divulgação)

O controverso “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, acusado de apologia à pedofilia, entrou no ranking dos dez filmes mais vistos da Netflix nesta terça (15/3) no Brasil. É o filme nacional melhor posicionado no ranking – em grande parte, claro, por conta da polêmica levantada por líderes bolsonaristas.

“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”: Danilo Gentili diz que polêmica é para desviar atenção do preço da gasolina

O longa-metragem, baseado em livro de Danilo Gentili, está atrás apenas dos filmes internacionais “O Projeto Adam”, “O Bombardeio” e “Naquele Fim de Semana”. É o único filme brasileiro no Top 10.

(Foto: Divulgação)

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Justiça determinou remoção do filme das plataformas

Apesar da popularidade, “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” pode deixar o catálogo da Netflix. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, em caráter cautelar, a remoção do longa-metragem de todas as plataformas de distribuição no Brasil. Caso a ordem não seja cumprida, as empresas receberão multa de R$ 50 mil por dia. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça (15/3).

Entenda a polêmica

No fim de semana, líderes bolsonaristas começaram uma campanha virtual contra “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, divulgando uma cena do filme. Na cena, o ator Fábio Porchat, na pele de um pedófilo, incita que dois garotos menores de idade o masturbem. Porchat, porém, explicou que não se trata de apologia, porque o personagem é o vilão.

“Temas super pesados são retratados o tempo todo no audiovisual. E às vezes ganham prêmios! Jackie Earle Haley concorreu ao Oscar em 2007 interpretando um pedófilo no excelente filme ‘Pecados Íntimos’. Só que quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade”, declarou Porchat.

(Foto: Divulgação)

Danilo Gentili segue a mesma linha de discurso. “A cena em questão é uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem ao cara só porque ele é uma autoridade. Então, na realidade, em momento algum, o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia”, defende.

“O filme é sobre isso: pessoas que se aproveitam de um discurso falso moralista, pessoas que se aproveitam de um discurso politicamente correto para fazer as maiores barbaridades do mundo. Esse é o âmago da cena”, conclui.

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