Foi noticiado nesta sexta-feira (26) que a China quer colocar um fim na “cultura de celebridades” após intensa repercussão do caso de Kris Wu, que ficou conhecido por integrar o grupo de K-Pop EXO. O artista teve sua prisão aprovada pela Justiça em agosto deste ano após ser acusado de abuso sexual por inúmeras vítimas.
Leia mais:
- K-Pop: Kris Wu, ex-EXO, é preso após acusações de estupro
- K-Pop: Justiça chinesa aprova prisão do ex-EXO, Kris Wu
- Jovem menor de idade acusa Kris Wu, ex-EXO, de abuso sexual
- China derruba conteúdos online de Kris Wu após prisão por estupro
- K-Pop: Kris Wu, ex-integrante do EXO, nega acusações de estupro
A informação é do jornal Folha de S.Paulo e afirma que o governo chinês já prepara um “arcabouço legal para boicotar artistas que infringiram a lei ou transgrediram a moralidade social“. A publicação afirma que o Escritório da Comissão Central de Assuntos do Ciberespaço anunciou em uma circular que vai proibir “atos irracionais de idolatria” na internet.
“Histórias não comprovadas sobre artistas ou atos irracionais de idolatria, entre outros conteúdos, serão proibidos na internet“, reportou a agência de notícias oficial Xinhua, de acordo com o jornal, na última terça-feira (23).
Famosos também estão proibidos de “ostentar riqueza ou prazeres extravagantes” nas redes sociais.
Ao que tudo indica, a animação e frenesi dos fãs em torno de celebridades chinesas nunca agradou o governo, mas o caso de Kris Wu intensificou o assunto depois que fãs se uniram para tentar tirá-lo da prisão. As novas políticas, porém, vão muito além de uma resposta governamental a fãs adolescentes na internet.
“O governo quer acabar com a cultura do excesso e da ostentação. A promoção do conceito de ‘prosperidade comum’ tem levado a imprensa oficial e as empresas a divulgar conteúdos que exaltem o bem comum ao invés do sucesso de poucos.
Discursos sexistas ganharam força na China. Oficiais reclamaram abertamente de homens famosos ‘frágeis’ e ‘femininos’. São os casos que o Escritório de Assuntos do Ciberespaço classifica como modelos de estética anormal”, complementa a publicação.