O caso Alok e Sevenn ganhou um desdobramento favorável ao DJ eleito como 4º do mundo pela revista DJ Mag. Após ter tido o videoclipe de “Un Ratito”, parceria entre Juliette, Luis Fonsi, Lunay e Lenny Tavarez, retirado do YouTube por uma reinvindicação de direitos autorais do duo produtores brasileiros-americanos Sean e Kevin Brauer, dupla de irmãos conhecida como Sevenn; Alok conseguiu uma ordem judicial que exige o retorno em até 24 horas do clipe no YouTube.
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De acordo com comunicado enviado à imprensa, “o artista usou a Justiça para se defender e provar aquilo que tem falado nos últimos dias. A forma sumária como teve sua música ‘Un Ratito’ retirada do seu canal do YouTube pela própria plataforma, sem nenhum tipo de comprovação por quem requereu a ação, foi devidamente reparada pela Justiça Brasileira, que determinou o imediato retorno.”
“Após o vídeo de “Un Ratito” ter sido removido do YouTube de forma arbitrária – já que apenas uma das partes foi ouvida, impossibilitando que o contraditório fosse realizado -, a juíza Simone Monteiro da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiânia fez-se exigir o retorno do conteúdo à plataforma. A decisão e o documento com a ordem judicial foram assinados, emitidos e enviados à Google Brasil, que tem o prazo de 24 horas para o cumprimento“, afirma o comunicado.
A decisão judicial também foi estendida às outras plataformas de streaming, entre elas: Spotify, Deezer e Apple Music.
Ministério Público indica que Alok não cometeu crime de Calúnia contra ex-empresário
Após o empresário Marcos Araújo da Audiomix emitir um comunicado ontem (26) por meio dos seus advogados afirmando que “tomará as medidas judiciais cabíveis no âmbito cível e criminal para repreender a conduta ilegal do DJ Alok”, o Ministério Público de São Paulo não recebeu o processo de Calúnia movido pelos advogados do empresário da Audiomix e apresentado na segunda-feira (24) à Justiça.
De acordo com comunicado à imprensa feito pela Assessoria de Comunicação de Alok, o Ministério Público não acatou ao processo por considerar a ausência de provas concretas da acusação, já que as apresentadas não configuram como crime.
Alok se pronunciou no seu Instagram na última semana e afirmou que o real motivo de toda essa confusão envolvendo a reportagem da Billboard e a acusação do duo Sevenn é o fato dele ter rescindido seu contrato com o empresário Marcos, da AudioMix. Ele afirmou que, desde então, vem sendo perseguido e ameaçado pelo empresário, que não aceita o término do contrato.
No entanto, os advogados de Marcos Araújo da Audiomix afirmaram que “o DJ Alok se manifestou em seu perfil do Instagram, de forma caluniosa e difamatória, sobre a pessoa do empresário Marcos Araújo, da produtora AudioMix. Essa manifestação repercutiu na imprensa brasileira, dando ainda mais impacto e alcance às calúnias e difamações cometidas pelo DJ Alok.”
Contudo, após a decisão do Ministério Público de São Paulo, a Assessoria de Comunicação do DJ afirmou: “os últimos acontecimentos reforçam tudo aquilo que Alok afirmou e apresentou em sua defesa, que há uma série de ações orquestradas de tentativa de ataques a sua honra e a tudo aquilo construído por ele ao longo de sua carreira, e isso resta claro no momento em que ele rompe com o antigo escritório que o agenciava, mas que graças à justiça brasileira o direito é respeitado e a verdade prevalecida”.
“Alok é um artista de reconhecimento nacional e internacional, de credibilidade aferida junto ao seu público e que ao longo de seus 18 anos de carreira nunca teve sua imagem arranhada por qualquer tipo de inverdade ou ações que pudessem comprometer seu percurso seja como artista, produtor ou empresário. Fica evidente, a clara disposição daqueles que o acusam, a tentativa de desestabilizar sua trajetória como músico, filantropo e cidadão comprometido com a honestidade, profissionalização e reconhecimento daqueles que trabalham com música”, finaliza a declaração.
Entenda o Caso Alok e Sevenn: reportagem da Billboard
Em reportagem publicada na Billboard no dia 21 de janeiro, Kevin e seu irmão, Sean Brauer, o duo Sevenn, alegam terem atuado como “produtores fantasmas” (sem créditos) de 15 músicas lançadas por Alok nos últimos anos, incluindo o seu sucesso mais recente. Em entrevista ao G1, o advogado do duo confirmou que eles vão entrar com um processo contra o artista brasileiro em até quatro semanas.
O advogado Eduardo Senna afirma que, na tentativa de evitar a exposição do caso, Alok tentou impor uma cláusula de silêncio com multa de R$ 2 milhões caso o Sevenn falasse mal do artista.
Alok nega as acusações do duo. O seu advogado, Robson Cunha, disse ao G1 que o DJ está sendo ameaçado pelos produtores e os acusa de lançar músicas de Alok sem creditá-lo. De acordo com a publicação, Cunha entrou com uma ação contra a dupla por conta dessas canções. Ele também questiona o fato das denúncias terem vindo à tona através de uma reportagem da Billboard e não por meio de um processo na justiça.
Segundo a publicação da Billboard, os irmãos Brauer trabalharam como produtores fantasmas para Alok, sem receber nenhum crédito, royalties de publicação ou remuneração pelos serviços prestados. Além de descrever a situação como um “relacionamento comercialmente abusivo e unilateral“, a dupla também alega que criou o estilo deep-house Brazilian Bass.
A Billboard entrou em contato com Alok, que negou as acusações. Apesar de não responder a perguntas específicas feitas pela reportagem, conforme avisa o texto, a equipe de direção do brasileiro disse que Sean e Kevin buscam “criar uma falsa narrativa, tentando se apresentar como vítimas e litigar suas disputas com Alok na imprensa, bem como no tribunal da opinião pública“.
Saiba todos os detalhes sobre o caso e a declaração de todas as partes envolvidas, acessando aqui.