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Com “Baobá”, Caio Prado é o brasileiro na trilha sonora do Fifa 2022

A música fez parte do projeto Aceleração Musical Labsonica e já conta com 42 mil views no YouTube

Foto: Marcos Hermes/Divulgação

Chamado de “fenômeno vocal” pela EA Sports (Electronic Arts), empresa desenvolvedora e distribuidora de jogos eletrônicos responsável pelo FIFA 22, o carioca Caio Prado está na trilha sonora na nova temporada do game. Além dele, outra brasileira foi anunciada na trilha do jogo com música inédita: Karol Conká.

Dos campos improvisados de Realengo, na periferia do Rio de Janeiro, ao nome no seleto hall de artistas globais com música na trilha sonora do FIFA 22, a edição 2022 do jogo de videogame de futebol mais famoso do mundo.

Caio, que faz parte do casting do selo Toca Discos, estará no game com a forte e ancestral ‘Baobá’, originalmente lançada em dezembro do ano passado. O clipe da música já soma mais de 42 mil visualizações em seu canal do YouTube e traz um conceito lírico e sonoro de “Baobá” que tem muito a ver com esta conquista de Caio Prado.

Na música, o artista canta versos sobre como a mobilidade, a diáspora, não desprende o indivíduo de sua ancestralidade, que quando devidamente interiorizada e consciente, se adapta a novos espaços e se mistura, sem nunca renegar as origens. Veja:

Do game para vida real

Fazer parte deste universo, ainda mais com uma música tão emblemática como ‘Baobá’, é a realização de um sonho para Caio Prado, que tem o futebol e a arte como duas expressões tão vitais e que por si explicam sua essência.

“Música e futebol são duas paixões na minha vida. Eu era o garoto de Realengo que jogava de pés descalços nas ruas do bairro e depois ia pra casa dos amigos jogar FIFA até que minha mãe me chamasse”, lembra Caio.

O artista conta que durante os torneios que disputava no FIFA com os amigos, conheceu diversos artistas e sonoridades por meio da trilha sonora do jogo, que antes de Caio já teve nomes nacionais como Anitta, Marcelo D2, Tribalistas, Curumim, Baiana Soundsystem, Marcio Local, entre outros.

“A magia da música e futebol unidos transforma uma comunidade, sociedade, um país e um mundo. O espírito de querer conhecer novas pessoas, novos lugares, novas culturas é algo que o futebol e a música proporcionam nesse imaginário social”, reforça Caio.

Em alusão ao momento, ter uma música da sua ainda carreira em ascensão em uma renomada série de jogos eletrônicos, para Caio, significa elevar sua arte de resistência a um público global, falar de inclusão, autoestima e consciência de classe e gênero a novos espaços, outros públicos e somar sua voz a outros artistas da causa ao redor do planeta.

“Baobá, a música escolhida para trilha, é a pulsação do Brasil atual e seus ritmos originários da África mãe, despertando a alegria do povo em sua diversidade e produzindo orgulho e identidade. A canção demonstra que precisamos nos entender como parte da natureza e encontrar caminhos ao futuro a partir de nossa ancestralidade”, finaliza Caio.

“Baobá” foi o segundo single de Caio gravado no estúdio carioca Toca do Bandido dentro do projeto Aceleração Musical Labsonica, com produção musical de Felipe Rodarte.

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Caio Prado lança “Elo”

Outra música que nasceu da imersão foi a “Elo”, que Caio Prado acaba de lançar ao lado de Luciane Dom. Um reggae com beats e acentos brasileiros que enaltece a autoestima, união e a felicidade pretas.

Com produção também do Felipe Rodarte, do estúdio Toca do Bandido e direção artística de Constança Scofield, a música nasceu a partir da audição das músicas “Aqui e Agora” de Gilberto Gil, “Exodus” do Bob Marley e sobre um meditar no pensamento universal de Mandela.

Foto: Divulgação

São dois artistas que vivem no Rio de Janeiro e que trazem, seja em ‘Elo’ como em outras
músicas das respectivas carreiras, reflexões de um mundo que pede por mais igualdade, amor e leveza. Nesta faixa em comunhão – de vozes e espíritos –, Caio e Luciane revelam consciência da positividade urgente à humanidade e caminham para o afeto, para o amor como sintonias contra o racismo, contra a violência, contra o medo de simplesmente existir. Ouça: