A atriz Aline Borges, que vive a personagem Zuleica em “Pantanal”, revelou que quase participou do reality show “Power Couple”. Tudo aconteceu antes da pandemia da Covid-19, quando sua família passou por altos e baixos financeiros. De acordo com ela, o cachê oferecido na época foi de R$ 80 mil.
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Aos 47 anos, Aline Borges é casada com o ator Alex Nader, com quem tem uma filha de 11 anos chamada Nina. Em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a atriz explicou que os dois quase aceitaram o convite da Record TV.
“Estávamos numa situação muito complicada. O dinheiro estava praticamente no fim quando recebemos esse convite. Não que eu tenha nada contra quem participa, mas era algo totalmente diferente dos nossos objetivos“, explicou.
Ela contou que esperou algum sinal antes de aceitar o “Power Couple”, até que os dois foram escalados para o filme “Alemão 2”, lançado em março de 2022. “A gente acabou decidindo que, se em uma semana não aparecesse nada, a gente aceitaria. Que se dane o que fossem pensar. Nos ajoelhamos e rezamos para aparecer algo. Acabou que, em poucos dias, fomos escalados para o filme”, celebrou.
Porém, Aline Borges que viu a situação melhorar, de fato, depois que entrou para o elenco de “Pantanal”. Na trama, ela interpreta Zuleica, a segunda mulher do vilão Tenório, papel de Murilo Benício.
“A Zuleica é uma mulher forte e independente. Essa chegada ao Pantanal fez com que ela se recolhesse e se tornasse submissa ao marido. Ela vai precisar passar por todo esse processo para renascer e se encontrar novamente. Estou muito feliz de dar vida a uma personagem que traz tantas questões para serem refletidas. Ainda mais por estar cercada por atores tão geniais, como o Murilo e os outros mais jovens, que também são incríveis”, declarou.
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A atriz, inclusive, exaltou o diretor Bruno Luperi, que inseriu o tema de racismo na novela. Na primeira versão, a segunda família de Tenório era toda de pessoas brancas. Ademais, explicou que o preconceito foi algo com o qual ela conviveu por muito tempo e precisou superar:
Eu demorei a me aceitar como uma mulher preta. E eu sou irmã gêmea de um homem preto retinto. Durante muito tempo, entre a infância e a adolescência, eu reneguei e tinha vergonha dele. Ele sempre era o alvo de brincadeiras racistas por onde fôssemos. Também na juventude eu tinha vergonha do meu nariz e cheguei a pensar em operar, algo de que eu teria me arrependido profundamente. Por isso, acho tão importante falar sobre o racismo e também empoderar profissionais pretos, para que outras pessoas olhem e se sintam representadas“, finalizou.