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10 artistas pop de diferentes países da África para conhecer (e dar o play)

A música oriunda do continente africano é muito bem representada por artistas como Wizkid, Burna Boy e Angélique Kidjo, mas há muito mais a desbravar…
Fotos: RICHIE IGUNMA; Instagram/@ayrastarr; fatoumata_diawara__

Abrigando um total de 54 países, a África é o terceiro continente mais extenso do globo. E é claro que uma região multicultural como esta seria berço de músicos brilhantes e que exalam arte. Aqui, o POPline traz uma curadoria de 10 artistas de países e culturas africanas diferentes, de afropop ou que conversem com o gênero, que tem sido responsáveis por colocar a música local em evidência a nível mundial. Tem artista notado pelo Guinness World Records, que já colaborou com Beyoncé, que já foi premiado pelo Grammy, que é engajado em causas ativistas, e por aí vai… Acompanhe a nossa seleção (e não esqueça de dar o play nas plataformas digitais)!

Foto: Franck Axel Nyabagabo

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1. Rema (Nigéria)

Foto: RICHIE IGUNMA

Esse nome pode ainda não soar familiar para você, mas é quase certo de você já ter ouvido “Calm Down”, um dos hits do momento. O artista nigeriano de apenas 23 anos deu o pontapé inicial em sua carreira em 2019, fazendo um som mais voltado ao afrorave. Três anos depois, em 2022, colocou na praça seu disco de estreia, o “Rave & Roses”, porém a grande ‘guinada’ de sua carreira se deu a partir da colaboração com Selena Gomez no ‘sleeper hit’ “Calm Down”.

O remix, lançado em agosto, está tendo seu pico de sucesso neste ano, quando escalou ao atual #5 da Billboard Hot 100 e #17 do Top 50 Global do Spotify. Prestes a bater 40 milhões de ouvintes mensais na plataforma, Rema abraça o mercado fonográfico norte-americano e é, atualmente, o artista africano de mais expressiva ascensão na música a nível global.

2. Ayra Starr (Benin)

Foto: Kemka Ajoku

Dona de um vocal forte e imponente, a estrela beninense traz um som dançante e contagiante definido por ela como afrosoul. Apesar de ter nascido ao início dos anos 2000, Ayra Starr é inspirada por grandes ícones da música da década de 90, e possui como referências Rihanna e Angélique Kidjo – não apenas musicalmente, mas também no que diz respeito à atitude.

Acumulando o montante de 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify, ela entregou seu álbum de estreia em 2021, o “19 & Dangerous”. Ela, que versa sobre as vivências de meninas da sua idade, tem como maior sucesso de sua discografia a faixa “Rush”, que por si só registra mais de 153 milhões de plays na plataforma. Dentre seus maiores êxitos, já arrematou uma indicação ao BET Awards, que anualmente premia artistas afro-americanos.

3. Shatta Wale (Gana)

Foto: Instagram/@shattawalenima

O cantor de 38 anos não é dono de números tão expressivos nos tocadores de música, mas ele tem em seu currículo uma colaboração de peso: ninguém mais ninguém menos que Beyoncé! Ele é um dos artistas africanos que a pop star convidou para participar do disco “The Lion King: The Gift” (2019). Ele aparece na faixa “ALREADY”, produzida pelo Major Lazer, e uma das queridinhas do público.

Transitando entre o reggae e o dancehall e fortemente influenciado pelo afrobeats, os maiores sucessos de Shatta são “Dancehall King” e “My level”. Além de músico, ele também se dedica a papéis na atuação, e já chegou a ser indicado ao Ghana Music Award, uma das premiações mais consagradas de seu país.

4. kouz1 (Marrocos)

Foto: ismvel_elk

O jovem artista marroquino iniciou sua carreira artística como produtor musical, lá em 2011. Sete anos à frente, porém, decidiu se mostrar e dar voz a suas canções. Com faixas que investem pesado no afrobeats com uma pegada mais romântica, kouz1 atualmente é um dos destaques do Spotify do Marrocos.

“Love”, um de seus mais recentes singles, está no Top 10 da plataforma no país do Norte da África. A música é a que abre o EP “AFROBOY”, lançado pelo cantor em janeiro. Sozinha, a música que embalou trends nas redes sociais registra mais de 14 milhões de streams no tocador de música.

5. Sho Madjozi (África do Sul)

Foto: Trent Correa

A artista sul-africana é afiada no rap! Um dos ícones de moda do país, Sho é uma das grandes representantes da cultura Tsonga, povo africano que constitui a etnia maioritária no sul de Moçambique. Dona de looks exuberantes e multicoloridos, ela canta seus versos em Xitsonga, idioma nigero-congolês da África austral.

A rapper investe em faixas pra lá de animadas, como “John Cena” e “Chale”, alguns dos maiores sucessos de seu catálogo. Influente, em 2019 Sho Madjozi arrematou uma nomeação ao Forbes Under 30 da África por suas contribuições à música e ao entretenimento. Poderosa!

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6. Fally Ipupa (República Democrática do Congo)

Foto: Instagram/@fallyipupa01

Fally Ipupa é outro artista que, assim como Rema, conseguiu desbravar além das fronteiras africanas, já tendo levado sua música em shows pelos Estados Unidos e Europa. Música essa que, inclusive, é bem diversa: o cantor de 45 anos mescla ritmos como rumba e urban pop.

Seguindo carreira artística desde 2006, Fally é dono de uma discografia robusta incluindo vários álbuns de estúdio e parcerias com artistas como Wizkid e Aya Nakamura – artista oriunda de Mali que tem se destacado na cena do afropop. Ultrapassando os 757 mil ouvintes mensais no Spotify, o artista tem como alguns de seus maiores sucessos os singles “Bad Boy” e “S U I S – M O I”.

7. Oumou Sangaré (Mali)

Foto: Holly Whittaker

Tal qual o ganês Shatta Wale, Oumou Sangaré é uma das vozes presentes no disco “The Lion King: The Gift” (2019), de Beyoncé. A artista malinense de 55 anos participa da faixa “MOOD 4 EVA”, que também conta com apoio de Jay-Z e Childish Gambino. Só os maiorais!

Sangaré é uma das expoentes do Wassoulou, estilo musical tradicional do Mali. Em 2011, a consagrada artista levou para casa o gramofone de “Pop Collaboration With Vocals”, na 53ª edição do Grammy Awards. Além da carreira artística, representada por sucessos como “Mogoya” e “Fadjamou”, Oumou é ativista e grande defensora do direito das mulheres.

8. Marwan Pablo (Egito)

Foto: Instagram/@marwanpablo_

Em ascensão nas plataformas digitais, Marwan Pablo é atualmente o dono da 7ª música mais tocada no Spotify do Egito. A faixa, em questão, é “LELLY YAH”, seu último lançamento (2023). O jovem de 27 anos é um rapper cujo som é fortemente influenciado pelo hip-hop e pelo trap.

Cheio de referências, seu nome artístico é influenciado por Pablo Escobar e Pablo Picasso e um dos maiores objetivos de seu trabalho é popularizar o trap em sua cidade natal, Alexandria. Presente na música desde 2015 com alguns períodos de hiato, seus maiores sucessos são “BARBARY” e “EL HALAL”.

9. Dencia (Camarões)

Foto: Instagram/@iamdencia

Com pinta de pop star, Dencia fez seu nome em Hollywood. Além de ter feito aparições em videoclipes de artistas como Lady Gaga, Chris Brown e 50 Cent, ela já trabalhou como designer de moda assinando looks de estrelas como Rihanna e Nicki Minaj.

Com som voltado ao afropop, a artista camaronesa de 35 anos deu o pontapé inicial em sua carreira na música em 2011, quando lançou o debut single “Beri Beri”. Dencia costuma investir em novos singles esporadicamente, porém seu catálogo conta com outras faixas de destaque como “Ella Eh (Luv Like a Tsunami)” e “Sweet Life”.

10. Fatoumata Diawara (Costa do Marfim)

Foto: Instagram/@fatoumata_diawara__

Fatoumata Diawara é uma multiartista oriunda da Costa do Marfim, e que hoje vive na França. Ela, que não lançava um disco desde 2015, acabou de colocar para fora do forno o compilado “London Ko” (2023). Seu som é caracterizado por mesclar o Wassoulou com ritmos como o jazz e o soul.

Ela, que também multi-instrumentista, já recebera duas indicações ao Grammy Awards e já se envolveu em vários projetos de atuação. No Spotify, ultrapassa os 1,2 milhão de ouvintes mensais e suas canções de maior popularidade são “Douha (Mali Mali)” e “Manitoumani”.

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