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Artistas brasileiros se apresentam no SXSW e sertanejo ganha painel especial sobre o gênero

O South by Southwest, conhecido por ser o maior evento de inovação do mundo, vai até 16 de março, em Texas/EUA

Luiza Martins e Vulgo FK se apresentam na Casa São Paulo para o SXSW 2024. Fotos: Divulgação / Som Livre

Acontece até o próximo dia 16 de março o SXSW 2024 – ou South by Southwest -, conhecido como o maior evento de inovação do mundo, em Austin, Texas, nos Estados Unidos. O festival, famoso por apresentar novidades na música, cinema e tecnologia, terá um anexo na Casa São Paulo, que contará com uma série de shows de artistas brasileiros, incluindo a cantora Luiza Martins e o rapper Vulgo FK. Além disso, o gênero do sertanejo ganhará pela primeira vez um painel totalmente dedicado ao estilo.

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Foto: Divulgação SXSW

A gravadora Som Livre participa este ano do SXSW. A convite da SRCOM, o selo é responsável pela curadoria musical da Casa São Paulo, iniciativa do Governo de São Paulo que tem o objetivo de promover o Estado como o principal polo de inovação e economia criativa da América Latina. Com um painel sobre música sertaneja – um dos gêneros musicais que são carro-chefe da gravadora – e shows de artistas do cast, a Som Livre é a única label de música presente no espaço.

Para encerrar cada dia – com programação que começou no último dia 9 e vai até esta terça-feira (12) -, a Casa São Paulo conta com shows de artistas da Som Livre que de alguma forma têm relação com o estado e conversam com o respectivo tema central abordado – como sustentabilidade e inovação, Dia da Favela, tendências e economia criativa.

Com o tema “Sertanejo: The Power of Brazilian and International Country Music”, o painel sobre música sertaneja acontece no dia 12 de março e vai contar com a participação da Gerente de New Business da empresa, Cris Leuzinger, e da cantora Luiza Martins, artista do cast conhecida pela voz potente e marcante e um dos ícones da comunidade LGBTQIAPN+ no gênero musical.

Ainda participam do papo Gui Marconi (Founder Partner at Coala Music // Partner and Director at Diverti Eventos) e Damon Whiteside (CEO, Academy of Country Music). Ao fim do encontro, Luiza – que também é moradora da cidade de São Paulo – fará um show no espaço, que tem capacidade para receber pelo menos 5 mil pessoas e funciona como um hub para visitantes de todo o mundo.

Dia 9/03 – HODARI

Dia 10/03 – VULGO FK

Dia 11/03 – JOTA.PÊ

Dia 12/03 – LUIZA MARTINS

Outras personalidades brasileiras também estarão in loco no SXSW 2024!

Marcelo D2 e DJ Nyack estão entre os brasileiros que participam do evento neste ano. Foto: Reprodução Instagram @marcelod2 | @djnyack

São dez atrações diferentes vindas diretamente do Brasil, dentre as quais o nome de maior impacto é o de Marcelo D2. A lista completa segue com Bia Ferreira, Tagua Tagua, Glue Trip, Dani & Débora Gurgel, Jhama, DJ Nyack, Papisa, Nonô e Dendê & Banda. Alguns desses nomes podem não ser tão conhecidos do grande público brasileiro, mas são artistas que estão investindo em obter um respaldo internacional para suas carreiras ao se apresentar em um evento do porte do SXSW, festival pautado principalmente por vanguarda e inovação.

A título de comparação, a edição de 2019 do festival contava com nomes brasileiros não tão conhecidos nacionalmente na época, como os de Luedji Luna e Xênia França. Agora, cinco anos depois, as vozes destas mesmas artistas são ouvidas diariamente, em horário nobre, em milhões de lares brasileiros, cantando “Lua Soberana”, composição de Ivan Lins, tema de abertura da novela “Renascer”, a mais importante da maior emissora de TV do país.

Aquele ano de 2019, o SXSW ainda contava com Karol Conká, antes de sua participação no Big Brother Brasil, e com as bandas Bixiga 70 e Boogarins, além do DJ João Brasil (que também participa do festival este ano, mas como atração vinda de Miami, onde está radicado). Eram portanto seis atrações brasileiras em 2019 contra as dez de 2024. Impossível prever os próximos passos nas carreiras destes artistas, mas é certamente um momento empolgante não só para os mesmos, mas para a música brasileira em si, que só tem a ganhar com novos talentos do país fazendo história no exterior.