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Após sair do ar, Facebook tem forte queda na Bolsa de Valores

Mark Zuckerberg, CEO da Meta. Foto: Paul Marotta/Getty Images

Há quase 5 horas fora do ar, em uma instabilidade histórica, o grupo Facebook já sente o reflexo negativo desse efeito na Bolsa de Valores. As ações da empresa de Mark Zuckerberg registravam queda de 5,83% às 15h03 desta segunda (4). O Nasdaq, índice da Bolsa americana composto por ações de empresas de tecnologia, recuava 2,38%.

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De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o mercado americano opera em viés de baixa devido à possível antecipação para 2022 de um ciclo de alta nos juros básicos do país em resposta à inflação gerada pela escalada de preços de energia no mundo e pela quebra das cadeias de suprimento durante a pandemia.

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Em seu perfil oficial no Twitter, o Facebook retweetou a publicação do CTO Mike Schroepfer que diz: “Sinceras  desculpas a todos os afetados por interrupções nos serviços do Facebook no momento. Estamos enfrentando problemas de rede e as equipes estão trabalhando o mais rápido possível para depurar e restaurar o mais rápido possível”, afirma a publicação.

Pressão e instabilidade para o Facebook

A queda generalizada ocorre em um momento de pressão para a empresa. Desde o começo de setembro, o Wall Street Journal tem publicado reportagens baseadas em documentos internos do Facebook que o jornal afirmava ter recebido.

A ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, de 37 anos, trabalhou como gerente de produtos na companhia e era responsável por projetos relacionados com eleições. Ela revelou sua identidade como fonte para o Wall Street Journal ontem (3) em entrevista à emissora americana “CBS News” durante o programa “60 Minutes”.

Com as declarações de Haugen, o veículo sustentou, por exemplo, que a companhia estava ciente desde 2019 de que o Instagram, rede social da qual é dona, é potencialmente danoso para a saúde mental de meninas adolescentes. E os documentos também indicavam que o Facebook protegia celebridades das regras de conteúdo, que a empresa sabia que o Instagram é “tóxico” para os adolescentes e que a resposta da empresa às preocupações dos funcionários sobre o tráfico de pessoas foi muitas vezes “fraca”.

O Facebook reagiu às reportagens do “Wall Street Journal”. Nick Clegg, vice-presidente de relações globais do Facebook, publicou uma série de tuítes em 18 de setembro apontando o que chamou de “caracterizações errôneas” das matérias.

Segundo ele, as alegações de que o Facebook ignoraria de forma deliberada e sistemática pesquisas inconvenientes são “falsas”. A rede também disse que os documentos vazados foram divulgados ao público “sem contexto” o suficiente e decidiu publicar os materiais com “anotações”.

Em comunicado para o site g1, o Facebook disse que: “Todos os dias, nossas equipes trabalham para proteger a capacidade de bilhões de pessoas de se expressar abertamente e, ao mesmo tempo, manter nossa plataforma um lugar seguro e positivo. Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a desinformação e conteúdo prejudicial em nossos serviços. Sugerir que encorajamos conteúdo nocivo e não fazemos nada a respeito simplesmente não é verdade“.

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