Anitta deu uma dura no deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que tenta emplacar na Câmara a PL 2.633/2020, chamada de PL da Grilagem de Terras. Marcelo ficou incomodado com a pressão dos fãs da Anitta em suas redes sociais e os chamou de “anittaminions”, usando termo similar aos “bolsominions”.
“Não vamos parar…vamos evoluir… porque estão todos se disponibilizando a aprender mais sobre política para saber como cobrar pessoas como o senhor. Aliás, anittaminions também são eleitores. Não deboche do povo. Você trabalha para eles”, twittou Anitta.
Popstar em defesa da Amazônia
Anitta não está para brincadeira quando o assunto é política. Cada vez mais informada sobre o sistema político brasileiro, a cantora usa a força de suas redes sociais para pressionar deputados sobre votações importantes no Congresso Nacional – sejam acerca de direitos autorais sejam sobre desmatamento na Amazônia. Ela pede que seus milhões de seguidores apareçam nos perfis dos deputados e digam o que querem, para que os políticos sintam a pressão.
O projeto de lei da Grilagem das Terras tem autoria do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) e tem Marcelo Ramos como relator. Eles a chamam de PL da Regularização Fundiária, em benefício dos produtores rurais. Os críticos da PL, no entanto, apontam que ela, na verdade, facilita a regularização de terras invadidas por grileiros e o aumento do desmatamento na Amazônia. Anitta e outros artistas pedem que o projeto de lei não seja votado durante a pandemia de coronavírus, sem o devido debate acerca do tema.
Anitta, política
Anitta tem tido aulas de educação política com a comentarista da CNN Gabriela Prioli. As aulas são públicas e realizadas em “lives” no Instagram toda semana. Com isso, a cantora está entendendo melhor como funciona o Congresso e conseguindo trazer luz para esquemas obscuros.
Na semana passada, Anitta pressionou deputados – com a força de seus milhões de seguidores – sobre uma medida provisória que anistia desmatadores da Amazônia. A MP 910, defendida pela bancada ruralista, permitiria que os desmatadores se tornassem donos legais das áreas devastadas, em vez de pagarem pelo crime ambiental.