Depois de 20 dias do fim da temporada, o Porto Festival inicia a abertura de vendas para o próximo ano. Na edição deste ano, mais de 20 mil jovens de todo o Brasil embarcaram na viagem para assistir 50 atrações e mais de 60 shows em um mês de evento.
Em entrevista para o POPline.Biz é Mundo da Música, Angelo Ruggero, Presidente do Conselho da Forma Turismo, conta sobre a estrutura, a logística e a curadoria do Porto Festival.
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O festival teve uma pausa forçada, devido à pandemia da covid-19, Angelo revela que foi ‘mágico’ ver a equipe comercial chegando no evento. Ele ainda aponta que no próximo ano a estimativa é que a empresa alcance 70 mil passageiros.
“A gente fez questão de fazer uma rotação para trazer todos os funcionários da nossa administração. Foram dois anos e quem ficou se doou, vestiu a camisa. Somos gratos e todos precisavam vir tomar esse banho de energia que a viagem proporciona. A gente ama o que faz, você vende sonhos, o resultado da minha venda é parar no aeroporto e ver a alegria de um filho chegar, abraçar o pai e os depoimentos depois da viagem. Isso não tem preço, trazer eles para verem que retomamos e a repercussão que está gerando isso é muito positivo. Acredito eu, estou trabalhando para tal, para alcançar a marca de 70 mil passageiros de terceiro ano em 2023.”
Porto Festival: o line-up é da escolha dos alunos
De acordo com Angelo, é o verão que dita as regras para as tendências musicais que estarão em evidência no ano. É nessa estação e, principalmente, no Carnaval, que a empresa começa a entender os artistas que podem se tornar atração no festival.
“Para 2023, o nosso objetivo é trazer a experiência na parte do cenário, gerar para os estudantes bons momentos no evento, que é algo muito mais valioso do que um artista. Inclusive, eles passam uma boa parte dos shows no celular, a gente brinca, o público vai assistir o que viveu no evento depois, não na hora. Tanto que a gente não coloca wi-fi disponível no local do evento, para eles se ligarem no que está acontecendo ali.”
Antes de fechar as contratações das atrações, a Forma Turismo envia uma pesquisa para os seus formadores de opinião. Segundo Angelo, eles são chamados de Alfa, membros das comissões de formatura.
“A gente tem um formador de opinião dentro de cada sala dentro de cada terceiro ano ou futuro terceiro ano do ensino médio. Com isso, a gente chega a ter em torno de 10 mil alfas que dão a resposta do que eles querem ver, do que está no auge. A partir disso, a gente vem fazer os orçamentos e checa a disponibilidade para a temporada”, conta.
Ainda de acordo com Angelo, o mês de julho é um período desafiador para as contratações, por conta das turnês europeias e das festas juninas. No entanto, as atrações são pensadas para os estudantes, para que a experiência no evento esteja alinhada com as suas expectativas.
“Todos os anos eles pedem a Turma do Pagode, por exemplo. O Mr Catra era um ícone na viagem da empresa, ele tocou durante 11 anos consecutivos para a gente. Então, é dessa maneira que a gente trabalha, sempre pensando no que eles querem, essa experiência é para eles”, pontua.
Porto Festival: a logística operacional dos shows
Ainda de acordo com Angelo, o grande responsável pela logística operacional do festival é a data de disponibilidade do artista. Ele explica que a empresa tem uma parceria com as duas principais casas noturnas de Porto Seguro, que são os lugares que recebem as festas, que são divididas entre elas.
“Tentamos dividir as atrações entre os espaços, porque gostamos de trazer essa renda para Porto Seguro e, também, para ser justo com os dois parceiros. Nós intercalamos para o passageiros não ir todas as noites no mesmo lugar. Com isso, a gente pega a agenda do artista e a gente vê qual é a casa que está disponível no determinado dia”, explica Angelo.
Quanto à logística de contratação, segundo Ruggero, depende do acordo da contratação e varia da exigência do artista.