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“Amor Perfeito” chega ao capítulo 100 reforçando seu caráter pop

(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Músicas de Gloria Groove e Cidinho & Doca ajudam a ambientar “Amor Perfeito”, trama dos anos 1930 e 40 que chega a seu capítulo 100 nesta quinta-feira (13). “A Queda” foi transportada para a fictícia cidade de Águas de São Jacinto numa escolha da direção artística assinada por André Câmara, que reforça ainda mais o caráter pop dessa clássica história de amor. Assim como “Rap da Felicidade”, que teve sua releitura apresentada recentemente na novela.

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Figurino de Gloria Groove no clipe de “A Queda”. (Foto: Instagram/@euvictornogueira

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“O foco da novela é o amor, num sentido amplo, como bem explica a nossa abertura. Então por aí vai também a nossa trilha. Os temas de personagens foram escolhidos com o compromisso exclusivo de contar da melhor maneira a história de cada personagem, seja com uma canção (como na maioria dos casos) ou com uma música clássica”, explica o maestro Sacha Amback, responsável pela produção musical de “Amor Perfeito”.

Durante um baile no café concerto do Grande Hotel Budapeste, no capítulo de estreia de “Amor Perfeito”, o público percebeu que uma versão instrumental da canção “A Queda”, de Gloria Groove, dava o tom para as vilanias da personagem Gilda (Mariana Ximenes), que pouco depois, assassinaria o marido Leonel (Paulo Gorgulho) e incriminaria injustamente a enteada Marê (Camila Queiroz).

“Rap da Felicidade”, hino dos anos 90, a melodia entoou o bailar de Marê e Orlando (Diogo Almeida), para o desgosto de uma escanteada Gilda.

Segundo o diretor artístico André Câmara, uma das marcas mais fortes de “Amor Perfeito” está na forma como a novela retrata personagens negros em lugares e práticas sociais que recorrentemente são reservadas a personagens brancos, o que, inevitavelmente, causa um estranhamento.

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“É nesse ponto de estranhamento do aparente ‘deslocamento social’ que reside uma discussão e uma reflexão que muito me interessa. Nesta novela, estamos representando um Brasil cujas narrativas dos personagens pretos estão muito além de uma experiência utópica, inventada para colocar o negro em esferas de poder”.

“Sequer estamos reimaginando uma realidade passada, mas reapresentando um Brasil com personagens pretos em posições de influência, gerando sentimentos, criando, aspirando sonhos e com poder de decisão na sociedade brasileira. Isto porque o Brasil é negro, pois os negros estavam lá, estão aqui e estarão no futuro. Estamos reenquadrando as câmeras através de uma perspectiva do hoje para pensarmos nosso presente e quem sabe fazer refletir sobre o nosso futuro”, finaliza Câmara.

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