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13 álbuns nacionais que você precisa ouvir antes de 2022 acabar

Foto: Divulgação

Embora as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 tenham dado à indústria da música um respiro a partir do segundo semestre do ano passado, foi em 2022 que o mercado e a classe artística retornaram com força a sua efervescência comum. Munidos de um período sombrio e a esperança por dias melhores como plano de fundo, os músicos brasileiros entregaram discos interessantes e bem produzidos, mas que – talvez – tenham passado despercebido por alguns amantes de música.

Confira, abaixo, uma lista com álbuns e EPs lançados em 2022 que merecem ainda mais atenção:

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Tim Bernardes – “Mil Coisas Invisíveis”

Foto: @isabelavdd / @mirkus.lafe (Divulgação)

O segundo disco solo de Tim Bernardes, Mil Coisas Invisíveis, é de um esplendor transbordante. Refletindo sobre o que há de místico, o artista paulistano constrói ambientes e imagens cinematográficas através de arranjos emocionantes. Em um ano ainda confuso, esse disco reforça o papel da arte em algumas situações: o de nos lembrar que a vida é mais do que o que podemos ver e tocar – e que ela sempre continua.

Fim das Tentativas – Rico Dalasam

Foto: Divulgação

O sucessor do álbum Dolores Dala Guardião do Alívio (2020) era muito aguardado e não decepcionou – pelo contrário, surpreendeu. Rico continua brilhante emFim das Tentativas, mas parece ainda mais honesto e profundo. Com cinco faixas, o EP é liricamente brilhante e transforma reflexões sobre afeto em um pujante alívio musical.

N.I.N.A – “Pele

Foto: divulgação

Um dos maiores nomes do rap nacional e referência em grime e drill, N.I.N.A entregou um dos trabalhos mais importantes do ano para o gênero. A rapper soube produzir uma obra rica em nuances sentimentais e retratos psicológicos de forma madura, sem perder a consistência e coerência que esse tipo de trabalho exige.

Terno Rei – “Gêmeos”

Capa do álbum “Gêmeos”. Foto: Divulgação

Terno Rei está mais maduro, inclusive, em relação às experiências do passado em “Gêmeos”. Novos cenários, acontecimentos e angústias são cantados com a típica vulnerabilidade do grupo indie paulistano em seu terceiro disco.

ICARUS – BK

Capa | Foto: Divulgação

Em seu quarto álbum, chamado “ICARUS”, BK costura robustas narrativas recentes – e contextos sócio-políticos bem colocados – com o mito de Ícaro. Ou seja: reflexões sobre desejos e ambições humanas são relacionados com questões sociais (racismo, pobreza, fome e a fama) de forma magistral.

Deizi Tigrona – Foi Eu Que Fiz

Foto: divulgação

A veterana do funk não encontra aconchego e parece ainda mais inquieta em seu trabalho “Foi Eu Que Fiz”, lançado 14 anos depois de Garota Chapa Quente. Transitando entre parcerias com Teto Preto e BADSISTA, este projeto vulnerável parece movimentar as bases do funk ao reafirmá-lo como parte essencial da música eletrônica brasileira.

Djonga – “O Dono do Lugar”

Foto: @Coniiin /Divulgação

O mais importante sobre os trabalhos do rapper mineiro Djonga é que, gostando ou não deles, eles provocam grandes debates. Com sua acidez sempre latente, o artista não deixa seus ouvintes em uma zona de conforto do ponto de vista narrativo. Aqui, ele entendeu a indústria da música e não gostou dela. Novas perspectivas sobre machismo, racismo e reposicionamentos são apresentadas.

Gloria Groove- “Lady Leste”

Foto: Rodolfo Guimarães //Divulgação

Dispensando grandes apresentações,Lady Leste é Gloria Groove provando o seu talento ao caminhar pelas ruas da Zona Leste de São Paulo, onde é possível escutar rap, funk, pagode, trap, R&B e, é claro, pop.

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Number Teddie – “Poderia Ser Pior” 

Foto: Divulgação

O que chama a atenção de qualquer ouvinte do disco de estreia do Number Teddie é, sem dúvidas, a autenticidades de suas composições. A singularidade do jovem amazonense é permeada por uma produção indie/rock capaz de difundir suas angústias existenciais a ponto de transformá-las em um fator de identificação com a GenZ. Reflexões sobre depressão, ansiedade, sexo e relações amorosas são encontradas ao longo da tracklist.

MC Tha – “Meu Santo É Forte”

Capa | Foto: divulgação

A talentosa MC Tha revisita o repertório de Alcione a partir dos anos 1970 e o relaciona com a musicalidade das religiões afro-brasileiras em produções que mesclam elementos de axé, samba, batuques, pontos cantados e, é claro, funk.

 WIU – Manual de Como Amar Errado

Foto: Divulgação

O disco de estreia de WIU, uma das estrelas em ascensão do trap, mostra como uma nova geração criativa constrói suas narrativas de forma minuciosa. Neste álbum, o jovem artista cearense traz perspectivas sobre a realidade dos relacionamentos amorosos sem perder de vista tópicos sociais.

MC Cabelinho – “Little Love

Foto: Divulgação

O trap a lá Cabelinho conquistou um lugar de afeto nas playlists. O novíssimo projeto do rapper carioca fala de amores fugazes com a ajuda de Gloria Groove, Ludmilla e Baco Exu do Blues.

Xenia França – “Em Nome da Estrela

Foto: divulgação

Xênia França amplia os seus limites narrativos e transcendentais no seu novo projeto,Em Nome Da Estrela”. Poucos trabalhos recentes conseguiram apresentar visões tão sensíveis, honestas e musicalmente criativas sobre a ancestralidade.

 

 

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