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11 produtoras baianas se unem para promover Circuito Musical Verão em Salvador

Com Nando Reis, Anavitória, BaianaSystem, Pitty, Jota Quest e Titãs, o evento acontecerá em três dias com 7 horas ininterruptas de música
Integrantes do G11 Eventos | Foto: Genilson Coutinho/Divulgação

A união de empresas para promover grandes eventos tem sido comum no mercado nacional e internacional. Mas recentemente uma movimentação que aconteceu em Salvador chamou atenção do mercado: 11 empresas do mesmo setor, que atuam no mesmo nicho, que por vezes (quase sempre) concorrem entre si, se unindo para promover um evento só em Salvador.

Intitulado de G11 Eventos, o consorcio uniu a Allcance Produções, Carambola Produções, Gabiroba Cultural, Íris Produções, Marlúcia Sie Produções, Pau Viola, Sole Produções, Tapis Rouge, Trevo e Valdir Andrade Produções e Eventos e fez nascer o Circuito Musical Verão 22.

O evento acontecerá em três dias (08, 15 e 22 de janeiro) com shows de grandes nomes nacionais e baianos num espaço amplo e planejado com uma superestrutura à beira mar, o Centro de Convenções – que tem abraçado diversos shows da capital baiana e que, inclusive, será palco para o Carnaval do Camarote Salvador e do Salvador Folia.

O grupo, que foi formado em função da pandemia, se uniu em prol de uma retomada que, segundo Moacyr Villas Boas, diretor da Allcance Produções, seria ainda mais difícil se cada um tentasse correr “com suas próprias pernas”. “Talvez a surpresa de muitos é o fato de serem tantas empresas, porque de fato administrar os interesses de tantas empresas não é algo fácil, mas é algo possível, tanto que estamos conseguindo com muita democracia”.

A gente entende que em determinados aspectos somos concorrentes, mas a união é uma coisa que acontece em todas as vertentes comercial. Elas [as empresas] são concorrentes até decidirem trabalhar juntas”, destaca Moacyr.

E completa: “Cada uma tem uma expertise, tem o seu poder de fogo, suas qualidades, e é normal que as empresas se unam para fazer projetos maiores e grandiosos. Foi isso que aconteceu com a gente. Pegamos o que cada uma tem de melhor em termos de contatos, artistas, habilidade de captação, comunicação, colocamos na mesa para fazer um projeto juntos, porque entendemos que dessa forma conseguiríamos fazer algo que sozinhos não faríamos”.

Moacyr Villas Boas, diretor da Allcance Produções | Foto: Divulgação

Para Milena Leão, da Carambola Produções, a crise também pode ser um momento de criatividade. “Se tirarmos a letra s da palavra crise, fica crie, e foi realmente o que fizemos. Nos unimos e criamos”, destaca.

“A pandemia reuniu os empresários, os produtores diante da dificuldade de ter que ficar tanto tempo sem podermos desenvolver a nossa atividade, exercermos nosso trabalho, e eu particularmente acredito que ter parcerias é um caminho ideal. Acredito e faço muitas parcerias. Todos nós também temos nossos projetos individuais, claro, mas sempre tem um produtor ou outro trabalhando em conjunto. Na dificuldade temos que nos unir, dividir para multiplicar“, completa Milena.

Viabilidade financeira x Divisão de atividades

Questionados sobre ser economicamente viável promover eventos com tantos sócios, Moacyr é objetivo ao responder que sim. “Tem que ser, porque o objetivo principal do projeto é esse. Estamos há 2 anos sem trabalhar, antes de mais nada esperamos um retorno financeiro desse projeto. Fizemos planilhas, estudamos tudo, até a escolha das atrações, sempre pensando em ter um retorno financeiro”, revela.

Na grade de atrações, além de DJ’s e grandes artistas da cena local, a primeira edição do Circuito Musical Verão 22 traz nomes como Nando Reis, Anavitória, BaianaSystem, Pitty, Jota Quest e Titãs. Os ingressos estão à venda pelo Eventim.

Foto: Reprodução/Instagram

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Segundo Milena, é uma divisão societária com percentuais iguais. “Dividindo igualmente as despesas e o lucro. E acreditamos no projeto e na parceria”. Em relação às tarefas, já que são muitos sócios comandando um só projeto, Milena brinca que internamente eles se divertem dizendo que “muitos caciques para poucos índios“.

“Nós montamos times e cada time ficou responsável por uma área de produção desse projeto, para que tudo fluísse bem e, de fato, viesse acontecer da melhor forma. Mas independente disso, um poderia ajudar o outro. Apesar de todas serem produtoras experientes e atuantes, tem sempre quem se destaque mais com alguma expertise, e isso foi aproveitado ao máximo. Explorando as potencialidades e diferenciais de cada produtora/produtor, para que chegássemos neste produto final”, destaca.

Moacyr finaliza: “A divisão foi feita de forma democrática dentro do que cada um tem mais afinidade e prazer de fazer. Existem várias áreas como planejamento, captação de recurso, produção executiva, contratação dos artistas, comunicação, parcerias, financeiro… a produção de um evento envolve muitas áreas, então incrivelmente cada um se identifica com uma área e por isso deu certo”.

O time de produtores garante que esse não será o único projeto em parceria. Já está no radar do G11 promover grandes eventos temáticos, como de São João, Dia dos Namorados, em homenagem ao Samba, Réveillon. Tudo no campo do desejo, mas que já gera grandes expectativas no mercado.

 

 

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