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YouTube está deixando de ‘entregar’ os videoclipes? Entenda!

Foto: Unsplash

Em 2024, a polêmica sobre o futuro dos videoclipes na era digital vem ganhando mais força. O assunto volta à tona diante do questionamento sobre a taxa percentual da entrega dos conteúdos produzidos, sobretudo no YouTube, para os inscritos em um canal de um artista. Usuários relatam que, nos últimos anos, a performance orgânica de um clipe possuía resultados maiores do que os notados atualmente.

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Analisando um recorte da história da música, em 1984,  Michael Jackson revolucionava a história  dos videoclipes para sempre. Com o cinematográfico “Thriller”, o Rei do Pop impactou o mundo, ganhou prêmios e entrou pra história. Desde então, investir em videoclipes tornou-se essencial e uma das principais ferramentas de divulgação de uma música, sobretudo no cenário musical Pop.

Na década de 1990 e início dos anos 2000s, as MTVs pelo mundo e os VHS/DVD eram responsáveis pela distribuição e promoção de uma música. Pela TV, os clipes se tornaram um dos pontos mais assertivos para conexão dos ídolos com os fãs de qualquer parte do mundo. Com a democratização da internet e a chegada da banda larga, o YouTube começa a ganhar protagonismo e, em pouco tempo, se torna “a casa dos clipes”.

YouTube foi a plataforma de vídeo mais assistida no Brasil em 2023, aponta Kantar IBOPE. Foto: Unsplash

Por volta de 2008, após ser comprado pelo Google, o YouTube firmou uma parceria inédita com grandes gravadoras, como Sony Music e Universal Music, para criação da plataforma VEVO. O clipe deixa de ser conteúdo promocional e passa a ser fonte de receita para todo um ecossistema.

Quando os usuários assistem uma propaganda antes do clipe, àquela marca envolvida é também responsável pela cadeia de remuneração que envolve: o YouTube, o proprietário do canal, o fonograma (música gravada) – e todos os agentes envolvidos, sobretudo a gravadora – e a obra musical (os compositores) – ao lado de todos os responsáveis envolvidos, como a editora musical, por exemplo. Por fim, por o YouTube ser um espaço de frequência coletiva, há também a arrecadação de direitos autorais de execução pública, sob a responsabilidade do Ecad.

No cenário pós-pandemia, com as mudanças no formato de consumo e diversificação de plataformas, artistas do cenário Pop passaram a investir em clipes mais econômicos como visualizers, lyric vídeos, além de formatos mais curtos. Em paralelo, no YouTube, vídeos longos, como podcasts e tutoriais, ganharam destaque ao mesmo tempo que a popularidade do Shorts na plataforma cresceu.

Em tempo, no mês de março, o Spotify lançou videoclipes em versão Beta, para usuários premium, em 11 mercados selecionados: Brasil, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Suécia, Colômbia, Filipinas, Indonésia e Quênia. Para conferir o novo recurso, basta acessar os dispositivos iOS, Android, desktop ou TV e selecionar o botão “Mudar para vídeo” para obter faixas de música compatíveis.

No mês de março, o Spotify lançou videoclipes em versão Beta, para usuários premium, em 11 mercados selecionados: Brasil, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Suécia, Colômbia, Filipinas, Indonésia e Quênia.. Foto: Divulgação.

O novo recurso é uma tentativa direta do Spotify para competir com o YouTube pelo posto de “casa dos clipes”. Com a ferramenta em fase de testes, e disponível apenas para assinantes, a indústria musical especula se a taxa percentual de entrega orgânica, em comparação com o YouTube, será maior. Além disso, qual o impacto terá na receita dos artistas e qual o futuro dos videoclipes na era digital.

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