O cineasta norte-americano Woody Allen revelou seus planos de aposentadoria. Durante uma live no Instagram com o ator Alec Baldwin, o diretor de 86 anos disse que parte do encanto do cinema não existe mais. “Eu provavelmente farei pelo menos mais um filme”, disse.
“Quando eu fazia um filme, ele ia para os cinemas de todo o país. Agora você faz um filme e ele fica algumas semanas em cartaz. Talvez seis ou quatro semanas e vai direto para o streaming ou pay per view. Nao é o mesmo… Não é tão agradável para mim”, explicou.
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A verdade é que Woody Allen sofreu boicote da indústria cinematográfica nos últimos anos, por conta da acusação de ter abusado sexualmente da filha adotiva Dylan Farrow. O Amazon Studios quebrou contrato com ele e não distribuiu o filme “Um Dia de Chuva em Nova York” (2019), que ficou engavetado por anos e só estreou em circuito limitado nos Estados Unidos. Foi lançado digitalmente quatro semanas depois da estreia nos cinemas.
O filme mais recente dele, “O Festival do Amor” (2020), teve pouca atenção do público e da mídia. Ele também estreou em poucas salas de cinema e ficou pouco tempo em cartaz, antes do lançamento digital.
O próximo filme de Woody Allen
“Não me divirto como antes ao fazer um filme e colocá-lo no cinema. Era uma sensação boa saber que 500 pessoas assistiram de uma vez… Não sei como me sinto fazendo filmes. Vou fazer outro e vou ver como é”, contou Woody Allen na live.
O próximo projeto dele, ainda sem título, será ambientado em Paris. Está adiado há anos por causa da pandemia. Segundo o diretor, o filme é um pouco parecido com “Match Point”. Trata-se de uma história policial, com perguntas que interessam muito a ele enquanto pessoa. “É uma história que poderia se passar em Nova York, Londres ou Barcelona, mas o lugar ideal para desenvolve-la parece Paris”, falou ao jornal La Nación.