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Em vídeo raro, Charlie Brown Jr. aparece tocando Heavy Metal

O grupo praticava um som ligado ao thrash metal, hardcore e crossover. Assista!

Foto: Acervo Charlie Brown Jr

O Charlie Brown Jr. se tornou notável por ser a primeira banda de skate punk no Brasil a fazer sucesso de verdade.

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Evidentemente, o CBJr misturava outras influências, algo natural se considerarmos que o skate punk não é uma criação nacional – logo, é praticado de forma híbrida por aqui. Ou seja, há elementos de rap e reggae em sua sonoridade. Ainda assim, é uma banda de rock com bases fincadas no skate punk.

Foto: Julio Vilela/Estadão

No entanto, poucos sabem que as raízes do Charlie Brown Jr. estão ligadas, também, ao heavy metal – e põe metal nisso.

A própria história aponta a conexão entre Charlie Brown Jr. e o metal. A carreira musical do vocalista Chorão começou ainda no fim dos anos 1980. No início da década seguinte, ele conheceu Champignon, até então com apenas 12 anos, e, juntos, formaram a banda What’s Up.

Um vídeo bem raro (e, infelizmente, só disponível em baixa qualidade) mostra um pouco do que era a banda, como era conhecida aquela primeira formação (player a seguir):

Eles praticavam um som ligado ao thrash metal, hardcore e crossover. As letras eram em inglês e a pegada era semelhante a de bandas como Biohazard e Suicidal Tendencies.

O Charlie Brown Jr. foi, enfim, montado em 1992, com o baterista Renato Pelado e os guitarristas Marcão e Thiago Castanho. Pelado era fã de bandas de rock progressivo, como Rush, e Marcão e Castanho gostavam de nomes como Steve Vai e Yngwie Malmsteen.

Como é possível notar pelas influências citadas, os três estavam de olho nos nomes que eram referências técnicas em seus instrumentos. Não à toa, são músicos muito técnicos, que sempre demonstraram domínio enquanto tocavam.

A sonoridade híbrida do Charlie Brown Jr. ganhou força com o próprio background de Chorão, que também gostava de hip hop e de bandas como Sublime, Bad Brains e Rage Against The Machine. Ou seja: uma baita salada mista.

Com o tempo, foi questão de “refinar” essa sonoridade e encontrar uma forma de deixá-la mais digerível ao público em geral.