O Universal Music Group (UMG) dá mais um passo com o seu desejo de expansão este ano. Anunciamos no mês passado a investida deles para crescimento na Ásia com a venda de mais 10% para o consórcio liderado pela gigante chinesa Tencent, e agora a novidade é na África: Sipho Dlamini foi promovido ao cargo de CEO das operações da gravadora na África do Sul e na África Subsaariana.
“Nunca houve um momento mais emocionante para a música africana em todo o mundo, pois ela continua a influenciar e inspirar cultura e criatividade, enquanto atinge um público mais amplo globalmente a cada dia por meio de streaming”, revelou Dlamini, que em 2019 foi nomeado na International Music Power da Billboard, se tornando o primeiro executivo baseado na África a entrar na lista.
Como parte da expansão estratégica mais ampla de sua equipe de liderança no continente, a Universal também contratou Elouise Kelly como diretora operacional. Kelly ingressou na UMG vindo da Ogilvy – uma das maiores agências de publicidade do mundo, onde foi diretora administrativa da África do Sul.
Além disso, outra contratação importante foi a de Chinedu Okeke, nomeado como diretor administrativo da Universal Music Nigéria. Okeke vai liderar o desenvolvimento e expansão das operações da UMG na Nigéria e outros mercados de língua inglesa na África Ocidental. O empresário fundou a Eclipse Live, uma empresa focada em entretenimento ao vivo acessível para jovens africanos e Eclipse Brand Agency, que trabalha com grandes clientes, artistas e parceiros comerciais.
“Essas nomeações ressaltam o compromisso contínuo da UMG em apoiar e fazer crescer os ecossistemas musicais domésticos da África, enquanto também cria novas oportunidades para o talento africano alcançar novos públicos globalmente”, destacou a gravadora em seu anúncio oficial.
Foco na África
O fortalecimento de sua equipe de liderança na África é o mais recente movimento na grande aposta da Universal no continente. Com ênfase em A&R, a UMG tem expandido agressivamente suas operações na África.
Ao invés de licenciar e distribuir selos independentes existentes, por exemplo, a Universal investiu na construção de infraestrutura local duradoura, incluindo o estabelecimento de divisões na Nigéria e na África do Sul. Além disso, em 2018, UMG se tornou a primeira grande gravadora a licenciar seu catálogo para Boomplay, a maior plataforma de streaming local da África.
“Esta presença continuará a crescer ao longo de 2021 e além, à medida que o UMG continua a estender ainda mais a capacidade da empresa de apoiar artistas nacionais em toda a África e globalmente”, disse a empresa.
Vale destacar que a África não está só no radar da Universal, outras gravadoras importantes, incluindo a Warner Music Group, também estão se expandindo por lá através de parcerias. Até a Apple Music anunciou, no começo do ano passado, que mudaria para 25 novos mercados no continente. A gigante da tecnologia está usando sua empresa de serviços para artistas com sede na África do Sul, Platoon, para fechar acordos de licenciamento e serviços em todo o continente.